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Política/Myanmar

Myanmar:visita de Xi Jinping para reforçar laços bilaterais

Em visita de Estado à Myanmar o Presidente chinês Xi Jinping prometeu iniciar uma nova era nas relações entre Pequim e Naypyidaw, numa altura em que o governo local chefiado Aung San Suu Kyi enfrenta algumas dificuldades.Isolado pelos países ocidentais devido ao êxodo forçado dos Rohingya, Myanmar precisa mais do que nunca do apoio da China, que é o seu principal investidor.

O Presidente da China, Xi Jinping e o seu homólogo de Myanmar,  Win Myint, durante a execução do hino nacional, na cerimónia das boas-vindas,decorrida no Palácio Presidencial em Naypyidaw.17 de Janeiro de 2020
O Presidente da China, Xi Jinping e o seu homólogo de Myanmar, Win Myint, durante a execução do hino nacional, na cerimónia das boas-vindas,decorrida no Palácio Presidencial em Naypyidaw.17 de Janeiro de 2020 REUTERS/Ann Wang
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O apoio de Pequim à Naypyidaw é mais do que precioso,num período em que Myanmar é ostracisado no plano internacional devido à crise dos muçulmanos Rohingya.

Todavia o espectro da desconfiança paira sobre as relações entre as duas capitais, motivado pelas ambições chinesas e as supeitas de que a China apoia algumas das rebeliões armadas que operam nas regiões fronteiriças entre os dois países, nomeadamente em Rakhine.

O Presidente chinês Xi Jinping afirmou aos seus interlocutores de Myanmar, que os esforços conjuntos dos seus dois Estados contribuirão, para que o desfecho da sua visita seja um sucesso, bem como um reforço das relações bilaterais.

No decurso da sua visita de Estado, o líder chinês vai assinar com Myanmar acordos de cooperação para a realização de obras de infraestrutura, no âmbito da iniciativa chinesa, Nova Rota da Seda.

A construção de um porto em águas profundas em Kyauphyu, no centro de Myanmar, que servirá de entrada no Oceano Índico para a China, assim como uma linha férrea de alta velocidade, são parte integrante do projecto.

Neste sábado, Xi Jinping avista-se separadamente com Aung San Suu Kyi e com o chefe do estado-maior das Forças Armadas de Myanmar, Min Aung Hlaing.

Perante o isolamento de Myanmar, resultante do êxodo forçado dos muçulmanos Rohingya em 2017, a China afirma que Naypyidaw tem o direito legítimo de defender a sua soberania.

Myanmar foi acusado de genocídio do povo Rohingya, o que levou os investidores ocidentais a abandonarem o país asiático.

Os analistas consideram que a visita de Xi Jinping, deveria reforçar a influência de Pequim em Myanmar e afastar cada vez mais o país asiático dos ocidentais.

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Myanmar: visita de Xi Jinping para reforçar laços bilaterais

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