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Argentina

Argentina adopta medidas urgentes de combate à crise

O governo argentino promulgou ontem uma lei instaurando uma série de medidas económicas e fiscais no intuito de reerguer o país "em default virtual" e mergulhado numa crise económica comparável, segundo o seu novo presidente, Alberto Fernández, à crise vivenciada em 2001.

Alberto Fernández, Presidente da Argentina.
Alberto Fernández, Presidente da Argentina. REUTERS/Mariana Grief - RC24BD9ZZPUR
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Publicado no jornal oficial ontem no final da tarde, este novo dispositivo adoptado no Sábado pelos parlamentares, prevê nomeadamente o aumento da fiscalidade para as classes médias e superiores, prestações sociais destinadas aos mais desfavorecidos e uma taxa de 30% sobre as transacções efectuadas em divisas estrangeiras num país onde não é raro poupar Dólares para fazer frente às flutuações da moeda nacional.

Esta lei prevê um aumento das taxas sobre as exportações no sector do agro-negócio, única área que conheceu progressos nestes últimos anos na Argentina, este pacote abrangendo ainda um "plano contra a fome", a atribuição de compensações para completar as pensões de aposentação mais baixas, bem como o adiamento ou bloqueio do aumento tarifário dos serviços públicos.

Ao ascender ao poder no passado dia 10 de Dezembro, o novo Presidente de centro-esquerda da Argentina, Alberto Fernández, declarou ter herdado de uma "situação dramática". De acordo com dados oficiais, a dívida pública da terceira economia da América Latina eleva-se a cerca de 330 mil milhões de Dólares, ou seja mais de 90% do PIB.

Em 2016, aquando da chegada ao poder do antigo presidente Maurício Macri, a dívida elevava-se a 20% do PIB. A deterioração da situação económica do país levou aliás a movimentos massivos de protesto há alguns meses atrás. Ao comparar a situação vigente neste momento no seu país com a crise de 2001, o actual Presidente da Argentina deixou desde logo claro que pretende negociar um reescalonamento do pagamento da dívida do seu país aos seus diversos credores, nomeadamente o FMI.

Mais pormenores aqui.

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