China ocupa 1° lugar no relatório PISA sobre avaliação de alunos
O relatório PISA divulgado hoje coloca a China em 1° lugar, seguida de outros países asiáticos como a Singapura e a Coreia do Sul. O Programa internacional de avaliação de alunos de 15 anos, mede as competências na leitura, matemática e ciências e abrangeu 32 milhões de adolescentes de 79 países do mundo. A França está em 23° lugar e Portugal em 24°.
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Ásia e a China em particular voltam a brilhar na classificação PISA, divulgada esta terça-feira, mas este estudo de referência sobre os sistemas de educação no mundo é alarmante pois não nota praticamente nenhuma melhoria dos resultados dos alunos desde o ano 2000.
A análise, publicada de 3 em 3 anos pela OCDE, que avalia as competências em ciências, matemática e compreensão da escrita de alunos de 15 anos tornou-se uma referência mundial seguida atentamente pelos governos mundiais.
Os testes foram submetidos em maio de 2018 a 600.000 jovens de 79 países e territórios, uma mostra representando 32 milhões de alunos.
Assim vários países asiáticos figuram entre os melhores alunos na leitura, mais desenvolvida na edição deste ano, mas também nas ciências e matemáticas.
Pequim, Shanghai, Jiangsu e Zhejian, lideram seguidos de Singapura, Macau e Hong Kong ambos também da China, Estónia e Canadá.
Ainda na Ásia, a Coreia do sul está igualmente bem classificada aparecendo na sétima posição.
Por cá na Europa, a Bélgica ocupa 22° lugar na tabela de classificação do estudo Pisa, enquanto a França surge na vigésima terceira posição, Portugal, em 24° lugar e a Suíça em 28°.
Em relação à precedente edição, certos países progrediram, como Estónia, Polónia ou Portugal, onde um esforço particular foi feito sobre a formação de professores e valorização da profissão, segundo a OCDE.
Estudos feitos em 2018 e relatório publicado em 2019
O relatório considera no entanto decepcionante que apesar de ter havida uma alta de 15% das despesas no ensino primário e no liceu nos países da OCDE nos útimos 10 anos, a maioria dos países não vê nenhuma melhoria do resultado dos alunos deste que entroiu em vigor o estudo PISA em 2000.
Na realidade, apenas 7 dos 79 sistemas de ensino analisados mostram melhorias significativas na leitura, matemática e ciências, segundo o relatório, e apenas um deles, Portugal, é membro da OCDE.
Não é compreensível tendo em conta que as necessidades educativas dos adolescentes de 15 mudaram de maneira fundamental tendo a introdução dos telemóveis transforma a maneira como as pessoas leem e trocam informações.
A digitalização provocou a emergência de novas formas de textos e a multiplicação de fontes na Internet para além do manual tradicional de ensino criou confusão nos alunos que não sabem fazer a diferença entre o verdadeiro e o falso.
Conclusão: "sem uma sólida instrução os adolescentes correm o risco de ficar de ficar à margem da sociedade, incapazes de enfrentar os desafios do mundo do trabalho e as desigualdades vão continuar a aumentar", afirma o secretário geral da OCEDE, Angel Gurria, na apresentação do relatório PISA 2019.
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