Primeiro-ministro iraquiano decide demitir-se
O primeiro ministro iraquiano Adel Abdel anunciou a sua demissão, conforme reclamado hoje pelo grande Ayatollah Ali Sistani, figura tutelar da política no seu pais, depois do banho de sangue de ontem com 46 manifestantes mortos e cerca de mil feridos no sul do país.
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Depois de praticamente dois meses de contestação, sem base partidária ou popular, Adel Abdel acabou por não resistir. Pouco antes do anúncio da sua decisão, o grande Ayatollah Ali Sistani tinha apelado hoje o parlamento a retirar a sua confiança no governo para evitar o "caos" e mortes suplementares. Este posicionamento de peso do lado dos manifestantes que reclamam uma mudança completa da classe dirigente que considera incompetente e corrupta, não foi suficiente para estancar a violência no sul do país.
Em Nassiriya, epicentro dos confrontos, a situação continua fora de controlo depois de combatentes tribais se terem juntado às manifestações para proteger os contestatários, o balanço das violências de hoje sendo de pelo menos 15 mortos. Na cidade santa de Najaf, cujo consulado iraniano tinha sido incendiado por manifestantes na quarta-feira, a confusão continua também total. Segundo testemunhas locais e fontes médicas, pelo menos um homem foi mortalmente atingido por homens armados que atiraram contra a multidão diante da sede de um partido naquela cidade xiita.
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Primeiro-ministro iraquiano anuncia demissão
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