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Suécia/Portugal

Investigadora portuguesa colabora com Prémio Nobel da Química

O Prémio Nobel da Química foi atribuido esta quarta-feira aos cientistas japonês Akira Yoshino, ao britânico M. Stanley Whittingham e ao norte-americano John Goodenough pelo desenvolvimento de baterias de iões de lítio.  John Goodenough foi quem "certificou" a tecnologia dos electrólitos de vidro, que faz funcionar as baterias de iões de lítio, desenvolvida pela investigadora portuguesa Maria Helena Braga.

Cientistas John Goodenough e Maria Helena Braga
Cientistas John Goodenough e Maria Helena Braga D.R
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A investigadora portuguesa Maria Helena Braga de 47 anos, directora do Departamento de Engenharia Física da Universidade do Porto, foi quem o anunciou a John Goodenough, de 96 anos de idade, dado que ambos se encontram nesta quarta-feira (9/10) em Londres, onde o cientista vai receber mais uma medalha da Royal Society.

01:07

Maria Helena Braga em entevista à Rádio açoreana 105 FM

John Goodenough, que apesar da sua idade continua a lecionar na Universidade de Austin, no Texas, é também professor associado na FEUP, esteve em Abril de 2018 na cidade do Porto, para participar numa conferência sobre o futuro das baterias, o armazenamento de energia no futuro e a mobilidade eléctrica.

A tecnologia de electrólitos em vidro, que permite multiplicar a capacidade das baterias de iões de lítio, pretende produzir uma nova geração de baterias sólidas, capazes de armazenar muito mais energia do que as de iões de lítio, com duração de vida muito mais longa, mais seguras, mais leves e menos poluentes, é tema de trabalho e publicações de Maria Helena Braga desde 2014.

Em 2017 esta nova tecnologia foi "certificada" por John Goodenough considerado o "pai das baterias de lítio" (uma invenção que data do inicio dos anos 90) e a relação entre ambos começou há 4 anos quando John Goodenough, por sugestão do seu colega Andy Murchison da Universidade do Texas, convidou Maria Helena Braga a colaborar com ambos para provar que a sua tecnologia de solidificar electrólitos funcionava, facto de que o próprio John Goodenough duvidava.

Hoje as baterias de lítio sem fios e recarregáveis, são utilisadas em vários tipos de tecnologias, dos pacemakers, aos telemóveis, computadores, passando pelos carros eléctricos, abrindo perspectivas para a substituição das energias fósseis, tema premente no contexto actual de luta contra as alterações climáticas.

Maria Helena Braga e John Goodenough estão agora a tentar fazer formatos maiores das baterias desenvolvidas com electrólitos de vidro, anda mais potentes e sustentáveis.

 

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