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Mundo

ONU debate escalada de tensões políticas

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas vai reunir os 196 representantes mundiais para o debate geral. As ameaças no Golfo Pérsico e na Faixa de Gaza e as crises na Síria, Iémen e Venezuela são os desafios que a ONU terá de enfrentar a partir desta terça-feira. 

Sede das Nações Unidas em Nova Iorque
Sede das Nações Unidas em Nova Iorque AFP
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O mundo está assistir a uma escalada de tensões muito perigosa no Golfo Pérsico, tendo o Irão e Arábia Saudita como principais potências da região, afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres.

A declaração surge depois dos ataques a refinarias de petróleo da Arábia Saudita, a 14 de Setembro. Um dos eventos mais recentes que sobressaltaram o mundo e que será abordado por vários Estados-membros da ONU, principalmente os que têm interesses económicos no país ou que são também países produtores de petróleo.

O Irão continua no foco das atenções sobre a paz e segurança no mundo por causa da sua política das armas nucleares, depois de ter sido acusado pelos Estados Unidos de ser responsáveis pelos ataques na Arábia Saudita.

O Presidente norte-americano, anunciou esta sexta-feira novas sanções contra o sistema bancário iraniano. Donald Trump garantiu tratar-se das sanções "mais severas jamais impostas a um país".

EUA e Irão estão num momento de grande pressão e trocas de ameaças que levam vários países do mundo, como a França, a tentarem intermediar conversações pacíficas entre as duas potências nucleares.

O conflito israelo-palestiniano pelo domínio territorial da Cisjordânia e Faixa de Gaza também continua no centro dos debates das Nações Unidas, com promessas do primeiro-ministro israelita de anexar partes da Cisjordânia. Israel vive um impasse político depois dos resultados das eleições gerais de 17 de Setembro.

Os conflitos no Iémen, Síria e Afeganistão também vão ser discutidos, depois de a ONU ter dito que a crise humanitária no Iémen, país que vive em guerra desde 20014, é a pior da actualidade e poderá ser a pior do século.

A crise política na Venezuela continua, alastrada a uma crise económica e social e prevê-se que a comunidade internacional veja a Assembleia Geral como uma oportunidade para colocar ainda mais pressão sobre o regime de Nicolás Maduro, que já anunciou que não vai estar presente em Nova Iorque.

Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e Presidente auto-proclamado do país, anunciou que vai entregar à ONU provas de violações dos Direitos Humanos na Venezuela. Na quinta-feira, Juan Guaidó anunciou a criação de um Conselho de Estado Plural, para convocar eleições presidenciais no país.

Na Assembleia-geral da ONU, é esperado que a Colômbia apresente um acto de condenação contra Nicolás Maduro, como chefe de Estado "responsável por uma catástrofe humanitária" na Venezuela e uma ameaça para a estabilidade na região.

Com o mundo de olhos postos no combate às alterações climáticas e, nomeadamente, sobre a região da Amazónia e a luta pelos direitos humanos dos povos indígenas, o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, prometeu levar a Amazónia na agenda, sendo o primeiro a abrir o debate geral na terça-feira, como tradição, antes do Presidente dos Estados Unidos da América.

O secretário-geral, António Guterres, irá estar em 140 reuniões particulares e participar em 52 eventos à margem da Assembleia Geral.

A 74.ª sessão da Assembleia Geral da ONU vai ter a participação de 91 chefes de Estado, seis vice-presidentes, 45 chefes de Governo, cinco vice-primeiros-ministros, 44 ministros, dois chefes de delegação e três observadores.

A sessão deste ano é presidida pelo nigeriano Tijjani Muhammad-Bande e tem como tema os esforços multilaterais para erradicação da pobreza, educação de qualidade, acção climática e inclusão.

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