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Reino Unido

Theresa May deixa liderança dos conservadores

A primeira-ministra britânica, Theresa May, deixa hoje a liderança do Partido Conservador, mas mantém-se na chefia do governo até lhe ser encontrado um sucessor, no máximo até ao final de Julho. O seu substituto terá de acertar onde ela falhou: implementar o Brexit.

Primeira-ministra britânica, Theresa May, no dia em que anunciou a sua demissão, a 24 de Maio de 2019.
Primeira-ministra britânica, Theresa May, no dia em que anunciou a sua demissão, a 24 de Maio de 2019. Daniel LEAL-OLIVAS / AFP
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A primeira-ministra britânica, Theresa May, deixa, esta sexta-feira, a liderança do Partido Conservador, abrindo oficialmente a corrida à sua sucessão. Ela vai manter-se na chefia do governo até lhe ser encontrado um sucessor, no máximo até ao final de Julho. O seu substituto terá de acertar onde ela falhou: implementar o Brexit. Até lá, Theresa May “não fará avançar o processo do Brexit porque isso vai caber ao seu sucessor”, avisou um porta-voz do governo.

O próximo primeiro-ministro terá de resolver a questão da saída do Reino Unido da União Europeia, seja através da negociação de um novo acordo com Bruxelas, seja optando por uma saída sem acordo. Estes dois cenários estão já no centro dos debates da corrida à sua sucessão.

Entre os 11 candidatos, um dos favoritos é o deputado conservador Boris Johnson, antigo autarca de Londres, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e defensor acérrimo do Brexit. Na terça-feira, ele avisou que o Partido Conservador “vai desaparecer” se o Brexit não for implementado até 31 de Outubro.

Theresa May, de 62 anos, subiu à chefia do governo em Julho de 2016, depois do referendo em que 52% dos britânicos votaram a favor da saída da União Europeia. Sai sem ter conseguido reconciliar apoiantes e adversários do Brexit, o primeiro divórcio no clube europeu. O acordo sobre o Brexit que ela concluiu em Bruxelas, em Novembro, foi rejeitado três vezes pelos deputados britânicos e ela acabou por ser obrigada a adiar para 31 de Outubro a data da saída, inicialmente programada para 29 de Março.

A 24 de Maio, Theresa May acabou por desistir e anunciou a sua demissão.

Oiça aqui a reportagem de Bruno Manteigas, correspondente da RFI em Londres.

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Reportagem de Bruno Manteigas

O dia em que Theresa May deixa a liderança do partido Conservador é ilustrado com um resultado decepcionante na eleição parlamentar desta quinta-feira em Peterborough. O partido Trabalhista, o principal partido da oposição, ganhou, seguido pelo partido do Brexit, de Nigel Farage. Os conservadores, que durante décadas dominaram aquela região, ficaram em terceiro.

A eleição interna para escolher o novo líder conservador começa oficialmente na segunda-feira e deverá prolongar-se durante seis semanas, até ao final de Julho.

Além de Boris Johnson, entre os candidatos favoritos estão Jeremy Hunt e Michael Gove. O próximo primeiro-ministro será, por isso, certamente um adepto convicto do Brexit. Na mesa, eles têm colocado uma oferta limitada de opções: convencer a União Europeia a renegociar o acordo que foi chumbado pelos deputados britânicos ou preparar o país para o choque e sair sem um acordo a 31 de Outubro. 

O problema é que tanto Bruxelas como o Parlamento britânico poderão atrapalhar estes planos. 

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