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Estados Unidos

Estados Unidos: Michael Cohen atacou Donald Trump

Nos Estados Unidos, Michael Cohen, ex-advogado pessoal de Donald Trump, atacou o presidente dos Estados Unidos, ele que foi ouvido por um comité especial da Câmara dos Representantes que procura esclarecimentos sobre os novos dados que o próprio Cohen está a apresentar e que podem destituir o actual Presidente norte-americano.

Michael Cohen, ex-advogado pessoal de Donald Trump.
Michael Cohen, ex-advogado pessoal de Donald Trump. REUTERS/Carlos Barria
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O advogado Michael Cohen, condenado a uma pena de cadeia por crimes relacionados em parte com o seu trabalho para Donald Trump, cumprindo uma pena de três anos de prisão a partir de Maio, atacou o seu ex-cliente. Ele afirmou que o presidente dos Estados Unidos é “vigarista, racista e batoteiro” no seu depoimento explosivo perante o Congresso norte-americano.

Michael Cohen disse que estava a apresentar provas "irrefutáveis" dos erros de Donald Trump, incluindo um cheque de "suborno" pago a duas mulheres pouco antes da eleição de 2016.

O advogado também revelou que sabia de antemão em 2016 que o WikiLeaks publicaria material para prejudicar a candidata democrata Hillary Clinton.

Além disso ele denunciou que Trump dirigiu as negociações para construir uma Trump Tower em Moscovo durante a campanha eleitoral de 2016, apesar de negar qualquer vínculo comercial com os russos.

Segundo Michael Cohen, Donald Trump ordenou implicitamente que ele mentisse sobre o projecto, e indicou que os advogados da Casa Branca corrigiram o seu testemunho em 2017 quando mentiu ao Congresso sobre as negociações para a dita torre.

Michael Cohen, de 52 anos, também afirmou que não tinha provas directas de que Donald Trump ou a sua campanha de 2016 tivesse algum compromisso com os russos, tema que está a ser investigado pelo Departamento de Justiça e pelo Congresso.

Sobre a intromissão russa nas eleições de 2016, Michael Cohen disse que não tinha "nenhuma prova directa" de conluio entre a campanha de Donald Trump e Moscovo.

Ouça aqui as declarações de Michael Cohen sobre Donald Trump:

01:10

Michael Cohen, ex-advogado de Donald Trump

O Senhor Trump é um enigma. Ele é complicado, como eu. Ele é bom e mau ao mesmo tempo, como nós todos. Mas o lado mau supera de longe o bom, e desde que assumiu o cargo, tornou-se na pior versão de si mesmo. Ele é capaz de ser simpático, mas ele não o é. Ele é capaz de dar provas de generosidade, mas não o é. Ele é capaz de ser leal, mas ele é fundamentalmente desleal. Donald Trump é um homem que se apresentou como candidato à Presidência para fazer da sua marca uma grande marca, não para fazer do nosso país um grande país. Ele não tinha o desejo, nem a intenção de liderar esta nação, apenas de se promover e de construir a sua riqueza e o seu poder. O senhor Trump costumava dizer que esta campanha seria a “maior operação comercial da nossa história política”. Ele nem pensava vencer as primárias. Ele não esperava vencer as Eleições gerais. A campanha, para ele, sempre foi uma oportunidade para fazer publicidade”, concluiu.

Michael Cohen vai testemunhar ainda nesta quinta-feira numa sessão fechada na Comissão de Inteligência da Câmara dos Deputados, que também analisa a interferência russa nas eleições, bem como as relações comerciais de Donald Trump com os russos.

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