Primeira audiência do julgamento de separatistas catalães
Começaram esta manhã em Madrid as audiências do julgamento histórico de 12 dirigentes separatistas da Catalunha, julgados por incitação à rebelião e secessão da província do Estado uno espanhol. O Supremo Tribunal da Espanha, conduz o julgamento, com o ministério público a reclamar penas que vão até aos 25 anos de prisão.
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Começou hoje o mais recente capítulo do processo independentista catalão, com 12 líderes separatistas que se sentaram esta terça-feira no banco dos réus para a primeira audiência no Supremo Tribunal de Espanha, julgados por revolta.
O ex-vice-presidente do governo catalão, Oriol Junqueras, e outros 11 líderes independentistas são acusados pelo ministério Público espnhol de delitos de reblião, peculato e desobediência.
Não todos estão acusados dos mesmos crimes, mas, nalguns casos, as sentenças poderiam ditar penas de mais de 25 anos de prisão.
Este julgamento, já considerado histórico por muitos, pode vir a durar mais de três meses, durante os quais serão ouvidas aproximadamente 500 testemunhas.
O ex-presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, e a presidente da câmara de Barcelona, Ada Colau, são dois dos políticos que serão ouvidos como testemunhas no Supremo Tribunal espanhol.
Recorde-se que as acusações pelas quais respondem os 12 líderes separatistas remetem para acções levadas a cabo entre setembro e outubro de 2017, que culminaram com a declaração unilateral de independência da então apelidada "República independente da Catalunha, a 1 de outubro de 2017.
De Madrid, o nosso correspondente, Miguel Araújo.
Miguel Araújo, correspondente, em Madrid
De notar entretanto, que Carles Puigdemont, que era então Presidente da Catalunha, não é julgado em Espanha, porque desde então se refugiou na Bélgica.
Mas ele denunciou hoje numa conferência de imprensa, em Berlim, ser incongruente este julgamento dos seus companheiros pelo Supremo Tribunal de Madrid, porque, ele que era o chefe, foi julgado por um tribunal alemão pelas mesmas acusações e foi absolvido.
Carles Puigdemont, ex-presidente da província da Catalunha
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