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Venezuela: Guaido não descarta intervenção americana

O presidente venezuelano Nicolas Maduro bloqueou a ajuda humanitária solicitada pelo opositor Juan Guaido, que se declara "pronto para fazer qualquer coisa para salvar vidas".

Juan Guaidó, em entrevista com a agência AFP, 8 de Fevereiro de 2019 em Caracas.
Juan Guaidó, em entrevista com a agência AFP, 8 de Fevereiro de 2019 em Caracas. Fuente: YURI CORTEZ / AFP.
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Juan Guaidó não descartou autorizar a intervenção de uma força estrangeira para que o presidente Nicolás Maduro pare de “usurpar” o poder e para “salvar vidas” antes uma “emergência humanitária”.

No entanto, diz estar disposto a fazer tudo para evitar “estragos sociais”, para conseguir “eleições livres” que tirem a Venezuela da pior crise.

Juan Guaidó, engenheiro de 35 anos, entrevistado pela Agência France Presse, descreveu a crise que o levou a auto proclamar-se como Presidente interino, no passado 23 de Janeiro, com apoio até agora de mais de 40 países, liderados pelos Estados Unidos.

“Nós faremos o que for necessário. Essa é, evidentemente, uma questão polémica, mas fazendo uso da nossa soberania, do exercício das nossas prerrogativas, faremos o que for necessário”, afirmou Juan Guaidó.

O Presidente da Assembleia Nacional venezuelana afirmou esta sexta-feira que, se necessário, pode autorizar uma intervenção militar dos Estados Unidos para forçar Nicolás Maduro a abandonar o poder e a pôr termo à crise humanitária no país.

Apelo aos militares

Confrontado com o bloqueio da ajuda humanitária na fronteira com a Colômbia, Juan Guaido fez um apelo aos militares ainda leais ao Presidente Nicolas Maduro: "sabemos que as forças armadas têm um dilema importante, aceitar esta ajuda ou não. Mas seria realmente lamentável que eles não o aceitassem quando o povo venezuelano precisa".

Juan Guaido, autoproclamado presidente interino reconhecido por quarenta países, anunciou "a formação de um grupo de voluntários" encarregues de ir buscar sacos de arroz e remédios à fronteira para distribuir pela população.

Numa altura em que a Venezuela enfrenta uma grave crise e rejeita o apoio de outros países, o governo do socialista Nicolás Maduro enviou um barco militar a Havana para entregar 100 toneladas de ajuda humanitária a Cuba, atingida por um tornado.

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