França : Apelos à calma dos "coletes amarelos"

Em França, multiplicam-se os apelos aos "coletes amarelos" para que o movimento cesse, e aceite negociações com o governo. Mas sobretudo, para que não manifeste no próximo Sábado, poupando assim as forças de segurança, agora ainda mais sobrecarregadas, depois do atentado de Estrasburgo.

Laurent Berger, secretário geral da CFDT, na RFI a 13 de Dezembro de 2018 RFI

"Pedimos, responsávelmente, que sejam razoáveis e não protestem", afirmou o porta-voz do Governo, Benjamin Griveaux, no seguimento do atentado de Terça-feira em Estrasburgo, que causou dois mortos e 14 feridos, um deles em estado de morte cerebral.

-"O governo ouviu e respondeu à revolta expressada nos protestos", acrescentou Benjamin Griveaux, sublinhando que "não é razoável manifestar porque as forças de segurança foram muito mobilizadas nas últimas semanas, e depois do atentado de Estrasburgo".

-“Não temos nada a ver com os atentados. Isso é só para nos meter medo. Não mudaremos nada", afirmou "Mamyray", uma reformada de 65 anos, à Agência France Presse, numa rotunda de Rennes.

Mas os apelos à calma multiplicam-se, e o Secretário geral do sindicato CFDT (Confederação Francesa Democrática do Tralhao), Laurent Berger, afirmou que  "seria de bom tom que não manifestassem, no Sábado, para não sobrecarregar a polícia” .

Por seu turno, Richard Ferrand, presidente do grupo parlamentar LAREM ( La République em Marche), afirmou em entrevista a France Inter: "É preciso que o movimento páre, tendo em conta as respostas trazidas pelo Executivo, e apostar na construção dum novo modelo francês, baseado no diálogo nacional, anunciado pelo Presidente Macron na Segunda - feira."

A morte dum jovem manifestante "colete amarelo" de 23 anos, na noite de Quarta para Quinta -feira, perto da saída da autoestrada, em Avignon, poderá envenenar  ainda mais a situação, e aumentar a ira dos manifestantes, que não querem ceder um milímetro de terreno ao governo francês.