Referendo difícil pela República da Macedónia do Norte
Os macedónios foram chamados hoje às urnas para no quadro de um referendo votarem por uma República da Macedónia do Norte. Mas os 50% de participantes necessários à validação do referendo até este momento ainda não foram conseguidos, criando uma certa ansiedade.
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A perspectiva duma reconciliação com a Grécia e entrar de mansinho na União europeia está a ser um parto difícil já que os macedónios têm dificuldades em mobilizar os 50% de votantes no referendo para criar a República da Macedónia do norte.
Até há bocado a participação era apenas de 30% dos votantes e são necessários 50% para que o referendo seja validado e a mudança de nome da Macedónia, ex-república jugoslava terá que obter o SIM.
Uma mudança de nome para República da Macedónia do Norte, supostamente para resolver o conflito com a Grécia e abrir o caminho para a União europeia e a NATO.
Este voto popular serviria para validar o acordo de junho com Atenas, que prevê a mudança de nome para República da Macedónia do Norte.
Independentemente, dos resultados do referendo, com quórão ou não, o futuro não é tão claro como muitos pensam, tendo em conta que estamos perante duas Macedónias, uma eslava e outra grega, culturalmente muito diferentes.
A antiga república jugoslava da Macedónia é pobre e de cultura e língua eslavas, enquanto a Macedónia grega da Salónica é de cultura helena.
Para Atenas, que bloqueava as candidaturas da adesão de Skopja à UE e à NATO, o antigo nome alimentava a ideia duma reivindicação territorial inaceitável na província homónima do norte da Grécia.
Oiçamos a análise política, cultural e económica destas duas Macedónias, com o economista grego, Elias Soukiazis, Professor na Universidade de Coimbra.
Elias Soukiazis, economista grego sobre Macedónias grega e eslava
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