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Itália

Génova: 39 mortos e 16 feridos em colapso de ponte

39 mortos e 16 feridos, entre os quais 3 crianças é o último balanço do colapso do viaduto Morandi esta terça-feira, em Génova, onde prosseguem as buscas, para tentar encontrar eventuais sobreviventes da tragédia.

Colapso do viaduto
Colapso do viaduto REUTERS/Stefano Rellandini
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Diminui a esperança de encontrar sobreviventes após o colapso esta terça-feira (14/08) do viaduto Morandi, que causou pelo menos 39 mortos, entre os quais um bébé, 16 feridos, dos quais uma dezena em estado grave e um número ainda desconhecido de desaparecidos, mas as buscas prosseguem nos escombros.

Desconhecem-se até ao momento as razões da desmoronamento de parte do viaduto Morandi - nome do seu conceptor - que tem 1,8 kms de cumprimento e 45 metros de altura, foi construído em betão armado no final dos anos 60 e desde as primeiras décadas tem sido submetido a obras de manutenção, devido essencialmente à degradação do betão, provocada pelas vibrações do intenso tráfego neste eixo da auto-estrada A10.

Na altura do colapso, o vento e a chuva eram muito fortes e havia uma tempestade de raios descreve Nilton da Silva, brasileiro residente em Génova.

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Nilton da Silva, brasileiro residente em Génova

Continuam suspensos dezenas de metros deste viaduto construído sobre o rio Polcevera, numa área densamente habitada do bairro de Sampierdarena, cujos habitantes foram evacuados, temendo que esta parte da ponte ceda.

O chefe do governo populista italiano Giuseppe Conte anunciou ontem à noite um vasto plano de controlo das infraestruturas.

O governo acusa a sociedade italiana que gere as auto-estradas Autostrade per l'Italian, uma filial da Atlantia, que por sua vez afirma estarem em curso "obras de consolidação na base do viaduto Morandi, sob constante observação e vigilância, muito além das exigências legais".

O ministro italiano das infraestruturas e transportes Danilo Toninelli que qualificou o drama de "imensa tragédia" pediu hoje a demissão dos seus dirigentes e ameaçou a eventual revogação de todas as concessões desta sociedade, que gere o essencial dos 6.000 kms de auto-estradas italianas.

O procurador de Génova, Francesco Corri mesmo antes do resultados do inquérito em curso afirmou "não se trata de uma fatalidade, mas de um erro humano" e Luigi di Maio vice-primeiro ministro e líder do Movimento 5 estrelas - M5S - denuncia igualmente que a ponte "não caiu por fatalidade mas por falta de manutenção" e o seu homólogo de extrema direita Matteo Salvini afirma que "revogar as concessões é o mínimo".

Neste dia 15 de Agosto em que segundo o dogma da igreja católica se assinala a Assunção de Nossa Senhora ao céu, o Papa Francisco na Praça São Pedro em Roma evocou uma "tragédia" e manifestou o seu apoio às vítimas, e aqui em França no santuário de Lurdes milhares de fiéis oraram pelos migrantes e as vítimas de Génova.

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