Trump quer NATO forte com mais dinheiro dos membros
Terminou a cimeira da NATO, em Bruxelas, dominada pelos ataques e críticas do presidente americano, Trump, aos seus aliados, sobretudo a Alemanha, que se esforça mais por enriquecer a Rússia, onde vai comprar 70% do seu gás, ao invés de contribuir mais para o orçamento militar da NATO.
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Durante 2 dias, (11 e 12) a sede da NATO, em Bruxelas, acolheu, mais uma das cimeiras dos chefes de Estado e de governo dos 29 países aliados, mas dominada pela figura do Presidente americano, Donald Trump.
Um Donald Trump, omnipresente, omnipotente e castigador daqueles que não pagam os 2% do PIB dos seus países ao orçamento da NATO, como o estipulado em 2006 pelos próprios membros que criaram essa regra, com base no artigo 5° sobre a defesa colectiva.
O presidente americano, Trump, reafirmou em Bruxelas, o que sempre disse desde a sua eleição, que os Estados Unidos, que contribuem com quase 4% do orçamento da NATO, não estão dispostos, a continuar a defender a Europa, quando a maioria dos países membros, não cumpre a regra dos 2%.
Apontou as baterias para a Alemanha, "um país rico" que paga apenas 1,49% quando gasta "biliões de dólares para comprar gás à Rússia".
Trump quer uma Europa a contribuir mais para orçamento da NATO
"E incompreensível que a Europa, peça a protecção dos Estados Unidos, face à Rússia, quando a Alemanha compra cerca de 70% do seu gás aos russos, enriquecendo a Rússia, com os impostos dos americanos", acrescentou, Donald Trump.
O Presidente considera um cinismo que "a Alemanha, envie, um seu antigo chanceler, Gerhard Schrôder, para presidente de vigilância do grupo russo GAZPROM" que depois em 2017 passou a ser presidente do grupo petrolífero russo ROSNEFT.
"Enquanto país rico, a Alemanha, poderia aumentar a sua contriubuição orçamental à NATO, já amanhã, e não só em 2024", sublinhou, o presidente americano.
O discurso brutal de Trump, nada diplomático, segundo os seus críticos, parece ter dado resultado, porque, os países membros da NATO, inclusivamente, a Alemanha, comprometeram-se a pagar, proximamente, os 2% prometidos.
Mas Trump, propos, mesmo, que no futuro, para que haja uma NATO forte, os membros passem a pagar 4% do seu PIB para as despesas militares. E insistiu, dizendo que, com a sua acção, de qualquer maneira, desde o ano passado, entraram nos cofres da NATO, mais 33 mil milhões de dólares do que o normal, de países, que não vinham pagando.
A cimeira da NATO, acabou por terminar, com todos os membros, a admitir que têm de pagar mais para uma NATO forte.
Presidente francês, Macron, promete NATO mais forte
O Presidente francês, Emmanuel Macron, reconheceu que uma NATO mais forte tem de ter um orçamento à altura, e prometeu, pagar os 2% exigidos, sabendo que a França, contribui com um pouco mais de 1,5%.
Emmanuel Macron, Presidente francês, sobre uma NATO forte
"Penso que a NATO, sai, muito mais forte, destes 2 dias de cimeira. Porque, primeiro, reafirmámos decisões importantes, como uma estratégia orçamental crível correspondente às nossas necessidades.
"Também trocámos informações sobre as novas ameaças, que para mim, é um dos elementos mais importantes da estratégia que temos que pôr de pé. A NATO é um actor eficaz face ao terrorismo, um terrorismo que hoje funciona em rede mas que não é uma potência forçosamente inimiga, e que cada vez mais, utiliza as novas tecnologias.
"Teremos que trabalhar a nível europeu e a nível da NATO, num novo espaço militar, nomeadamente, a cibersegurança, portanto, eis algumas questões chave que abordámos e sobretudo é uma cimeira donde saímos mais fortes porque o Presidente dos Estados Unidos, reafirmou o seu envolvimento e a sua vontade de termos uma NATO forte, o que penso, ser uma boa coisa".
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