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Israel

Israel corta nas ajudas aos palestinianos

O parlamento israelita acaba de aprovar uma lei que permite "cortar" nas ajudas financeiras destinadas aos familiares dos presos palestinianos. A Organização para a Libertação da Palestina condena a medida e diz que se trata de "um acto de pirataria".

Parlamento israelita
Parlamento israelita REUTERS/Ammar Awad
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A reacção chegou pela voz do secretário-geral para a Libertação da Palestina, Saeb Erakat, que em declarações à AFP afirmou que esta decisão é um “acto de pirataria” e que resulta das decisões do Presidente norte-americano, Donald Trump, que apoia Israel.

“É um acto de pirataria. Israel rouba terras e dinheiro ao povo palestiniano e tudo isto resulta das decisões do Presidente norte-americano, Donald Trump, que apoia Israel”, salientou o responsável.

O porta-voz do presidente da Autoridade Palestiniana, Nabil Abou Roudeina, reagiu também a esta lei, salientando que com este voto Israel acende uma “linha vermelha” e que obriga a direcção palestiniana a tomar “decisões importantes”.

O texto aprovado pelo parlamento israelita prevê que as somas transferidas aos detidos sejam submetidas ao montante das taxas que Israel retira como sendo IVA ou direitos aduaneiros sobre os produtos importados pelos palestinianos.

Esses fundos serão depois transferidos à Autoridade Palestinianas que os atribui às famílias dos detidos por Israel, em função das penas que lhe foram aplicadas pela justiça israelita.

Um dos autores da lei, Avi Dichter, deputado do Likoud, partido de direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, refere que os montantes transferidos às famílias representam 7% do orçamento da Autoridade Palestiniana.

O ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, usou as redes sociais para aplaudir a medida, lembrando que cada shekel (moeda israelita), que Mohamoud Abbas transfere “aos terroristas e assassinos” será desfalcado automaticamente do orçamento da Autoridade Palestiniana.

A questão dos prisioneiros é considerada como uma questão “sensível” junto dos palestinianos. A maioria das famílias tem pelo menos um próximo detido, desde 1967, altura em que Israel ocupou os territórios palestinianos.

Actualmente mais de 6 mil palestinianos estão detidos nas prisões israelitas, por razões de segurança. Aos olhos dos palestinianos os prisioneiros são vistos como “mártires” que luta contra a ocupação israelita.

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