Estados Unidos: Supremo Tribunal valida controverso decreto migratório
Supremo Tribunal valida a terceira versão do Travel Ban, o controverso decreto migratório que impede a entrada nos Estados Unidos a cidadãos oriundos de sete países, sobretudo de maioria muçulmana.
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Os países visados são o Irão, a Líbia, a Síria, a Somália, o Iémen, a Coreia do Norte, mas também alguns responsáveis governamentais da Venezuela, o que significa fechar as fronteiras dos Estados Unidos a cerca de 150 milhões de pessoas.
Cinco dos nove juízes do Supremo Tribunal consideraram que este decreto é conforme às prerrogativas do Presidente Donald Trump e não viola a Constituição, sendo que os opositores ao mesmo levaram o caso aos tribunais, alegando que o texto era anti-muçulmano e violava a constituição que proíbe a discriminação religiosa, bem como a lei de imigração.
Estados Unidos aprovado contrverso decreto migratório
Em vigor desde Janeiro de 2017, ou seja uma semana depois da entrada em funções do Presidente Trump, este justificou-o por imperativos de segurança, para impedir a entrada no país de e cito "terroristas estrangeiros", numa referência aos atentados de 11 de Setembro de 2011, que foram cometidos ou por cidadãos americanos ou cidadãos oriundos de países não visados no decreto, como por exemplo a Arábia Saudita.
Um dos "piores erros do Supremo Tribunal de Justiça" considerou a União Americana para as Liberdades Civis ou ACLU que apelou a manifestar frente ao Supremo Tribunal de Justiça.
Enquanto ontem (26/06) em Los Angeles cerca de 200 pessoas, membros de igrejas, organizações católicas e associações de defesa dos imigrantes manifestaram contra a visita do ministro da Justiça Jeff Sessions, o autor da lei de "tolerância zero" na fronteira com o México, que levou desde Maio à separação de mais de 2.000 crianças dos seus familiares ilegalmente entrados nos Estados Unidos.
Entretanto um tribunal de San Diego ordenou hoje (27/06) a reunificação das famílias e denunciou a política migratória adoptada pelo Presidente Trump, enquanto mais de 20 estados federados progressistas apresentaram queixa contra esta mesma política.
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