ONU denuncia política "inadmissível" dos EUA
O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos,Zeid Ra’ad Al Hussein, acusou hoje as autoridades norte-americanas de conduzirem uma política migratória "inadmissível" e pediu à administração de Donald Trump paraparar "imediatamente” com esta prática “cruel”.
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“Inadmissível” e “cruel” foram as palavras utilizadas pelo Alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos para descrever política migratória das autoridades norte-americanas. Durante a sessão de abertura do Conselho dos Direitos Humanos em Genebra, Zeid Ra’ad Al Hussein pediu à administração do Presidente Donald Trump para “parar imediatamente” com esta prática “cruel”.
Em Washington, a primeira-dama, Melanie Trump, juntou-se ao coro de críticas de ambos os partidos à política de imigração, ao lembrar que “centenas de crianças, filhos de imigrantes, estão a ser separados dos pais na fronteira e colocados em celas”.
De acordo com os números revelados pelo próprio Departamento de Segurança Interna entre os dias 19 de Abril e 31 de Maio, mais de dois mil menores foram separados dos pais na fronteira, depois de a Casa Branca ter decidido aplicar uma política de “tolerância zero” à imigração.
A política de “tolerância zero” da administração Trump defende que cada adulto apanhado a atravessar a fronteira ilegalmente seja acusado por um crime federal, o que determina que sejam separados dos filhos. Até aqui, os que o faziam com os filhos eram apenas acusados num tribunal de imigração e não num tribunal penal, o que lhes permitia ficarem com as crianças.
O Presidente Donald Trump atribuiu as responsabilidades desta situação aos democratas, afirmando que estes podem impedir as separações se negociarem com os republicanos.
O Congresso norte-americano analisa, actualmente, dois projectos de lei para uma reforma da imigração, um texto e mais moderado, outro é mais duro.
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