Israel ameaça Europa com nova vaga de refugiados sírios
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, iniciou hoje em Berlim um périplo por capitais europeias, advertindo a chanceler alemã, Angela Merkel, que a Alemanha será invadida por uma vaga de refugiados sírios, se não houver uma política alemã mais dura em relação ao nuclear do Irão.
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Benjamin Netanyahu, começou hoje a sua visita pela Europa, logo a atacar, em Berlim, advertindo a chanceler Angela Merkel, para uma nova vaga de refugiados sírios na Alemanha, se Berlim, não for mais duro com o Irão.
O primeiro-ministro de Israel, começou em Berlim, um périplo europeu, que o trará amanhã a Paris, seguindo depois para Londres, com o objectivo de denunciar o apoio que estas capitais e a União europeia estão a dar ao programa nuclear iraniano.
Netanyahu, afirma que Teerão pôde reforçar a sua presença militar no Médio oriente, nomeadamente, no Iémen e na Síria, graças a fundos financeiros arrecadados com o levantamento das sanções económicas após a assinatura do acordo nuclear de 2015.
Um acordo que foi anulado pelo presidente dos Estados Unidos, Trump, apoiado por Netanyahou, mas que a União europeia, nomeadamente, Londres, Paris e Berlim, defendem, na medida em que são signatários do mesmo acordo.
Benjamin Netanyahou, está, pois, na Europa, como um mensageiro de Trump, para condenar o acordo nuclear iraniano e ameaçar com uma nova vaga de imigrantes e refugiados, mesmo sabendo que não será escutado.
O que interessa é ele defender as suas posições e dizer aos europeus, que o "objectivo do Irão é levar a cabo uma guerra de religião na Síria, de maioria sunita, afirmou na conferência de imprensa conjunta, em Berlim, com Merkel.
"Isto corre o risco de provocar uma nova guerra de religião, desta feita, uma guerra de religião no interior da Síria e a consequência será mais refugiados e sabem exactamente para onde virão", martelou Netanyahou.
A chegada de mais de 1 milhão de refugiados na sua maioria sírios desde 2015 à Alemanha, primeira economia europeia é vista como uma das principais razões das dificuldades de Angela Merkel nas últimas legislativas de setembro passado, provocando uma entrada em força da extrema-direita no Parlamento alemão.
É mais ou menos o mesmo discurso que Benjamin Netanyahou terá amanhã em Paris, com Macron, e na quarta-feira, em Londres, com Theresa May, que têm denunciado a postura de Donald Trump sobre o acordo nuclear iraniano.
Primeiro-ministro de Israel denuncia acordo nuclear iraniano em Berlim, Paris e Londres
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