Kuwait e Manila tentam resolver crise de domésticas filipinas

As autoridades de Kuwait e de Manila acabam de assinar um acordo que regula o trabalho de empregadas domésticas filipinas, após uma crise diplomática entre os dois países sobre a proíbição de trabalhadores filipinos irem trabalhar naquele país do Golfo.

Familiares em Manila da empregada doméstica filipina, cujo corpo foi encontrado morto numa arca frigorífica em casa do seu patrão no Kuwait, em fevereiro de 17 de fevereiro de 2018 Fuente: AFP.

O acordo hoje (11) ente as Filipinas e o Kuwait, concede novos direitos a trabalhadores filipinos, sobretudo, empregadas domésticas filipinas, que trabalham no Kuwait.

"Acábamos de assinar um acordo sobre a autorização de trabalho de empregadas domésticas entre os dois países", anunciou o ministro kuaitiano dos Negócios estrangeiros, Cheikh Sabah Al-Khaled Al-Sabah, durante uma conferência de imprensa conjunta, com o seu homólogo filipino, Alan Peter Cayetano.

Cerca de 262.000 filipinos, na sua maioria, domésticas, trabalham no Kuwait, segundo o ministério filipino dos Négócios estrangeiros.

Grupos de defesa dos direitos humanos denunciam há vários anos condições de trabalho degradantes de empregadas domésticas no Kuwait.

Aliás, recorrentemente tem havido relatos de domésticas filipinas que são violadas ou vítimas de violência no Kuwait e outros emirados ricos do Golfo.

O presidente filipino, Rodrigo Duterte, chegou mesmo a proíbir provisoriamente a filipinos de irem trabalhar no Kuwait, após o assassínio de uma empregada doméstica filipinas cujo corpo foi torturado e encontrado numa arca frigorífica. 

Depois, a crise entre os dois países agravou-se em abril quando Kuwait ordenou a expulsão do embaixador das Filipinas e retirou o seu embaixador de Manila.

Isto, após a difusão de vídeos mostrando equipas da embaixada filipina organizando a fuga de empregadas domésticas de residências dos seus patrões que as maltratavam.

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Crise de empregadas domésticas entre Kuwait e Filipinas