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Coreia do Norte/Coreia do Sul

Trégua desportiva entre as duas Coreias

Jogos Olímpicos de Inverno em PyeongChang inaugurados amanhã serão palco de um encontro histórico entre Kim Yo-jong, irmã do polémico líder norte-coreano Kim Jong-Un que se deve avistar sábado com o presidente Moon Jae-in.

Jogos Olímpicos de Inverno 2018 em PyeongChang, na Coreia do Sul
Jogos Olímpicos de Inverno 2018 em PyeongChang, na Coreia do Sul Francois Xavier MARIT / AFP
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Kim Yo jong será o primeiro membro da dinastia Kim a visitar a Coreia do Sul desde o final da guerra entre as duas Coreias em 1953 - ela que é também vice-directora do Departamento de Propaganda e Agitação do partido ùnico e cada vez mais influente na cúpula do poder - acompanha o Presidente honorário Kim Yong-nam, que é o oficial norte-coreano de mais alta patente a visitar a Coreia do Sul, especulando-se que poderia vir a encontrar-se com o Presidente Moon Jae-in.

Faz também parte da comitiva Ri son gwon, responsável pelas relações intercorenanas, que participou nas históricas negociações em Janeiro, que culminaram na participação da Coreia do Norte nestes Jogos Olímpicos de Inverno em PyeongChang, mau grado mais de 65 anos tecnicamente de guerra entre estes dois países.

As duas comitivas vão aliás simbolicamente desfilar lado a lado amanhã (9/02) na cerimónia ineugural, sob uma bandeira única arvorando o mapa da península da Coreia, uma iniciativa ontem (7/02) saudada pelo papa Francisco.

A delegação norte-coreana é composta por cerca de 500 pessoas, entre atletas, músicos, bailarinos, oficiais, pessoal de enquadramento e claque.

Seul acredita que a participação norte-coreana poderá contribuir para apaziguar a tensão entere as duas Coreias e facilitar uma aproximação com os Estados Unidos, cujo vice-Presidente Mike Pence vai marcar presença, isto com em pano de fundo as ameaças referentes ao polémico programa nuclear norte-coreano.

Nesta quinta-feira (8/02) em Pyongyang teve lugar uma imponente parada militar, com exibição dos polémicos mísseis balísticos intercontinentais, em antecipação das comemorações do 70° aniversário das Forças Armadas que deveria ocorrer apenas a 25 de Abril.

Para alguns analistas este desfile é visto como um gesto de provocação e desafio, destinados a mostrar o poderio militar norte-coreano, face ao vizinho do sul economicamente superior, o que conforta os que prognosticam que as tréguas entre as duas Coreias não irão além dos Jogos Olimpicos de Inverno.

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