Trump convida Pyongyang a negociar
Em visita a Seul, Donald Trump convidou Pyongyang a sentar-se à mesa de negociações para um acordo sobre o nuclear. O presidente norte-americano anunciou que a Coreia do Sul vai comprar armamento aos Estados Unidos por biliões de dólares para enfrentar as ameaças da vizinha do norte.
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O presidente norte-americano, Donald Trump, continua o seu périplo asiático de vários dias, iniciado com a visita ao Japão. Esta terça-feira está em Seul, onde deu recados indirectos a Pyongyang.
Donald Trump não foi até à zona desmilitarizada entre as duas Coreias por considerar que a visita se tornou um cliché. O presidente norte-americano preferiu ir ao Camp Humphreys, a cerca de cem quilómetros da fronteira, que é o quartel-general dos 28.500 militares norte-americanos estacionados na Coreia do Sul.
Aí, apesar da escalada verbal dos últimos tempos, Trump afirmou que “no final, se vai encontrar uma solução”, em referência à ameaça nuclear de Pyongyang.
Ainda que tenha falado em “progressos” e tenha convidado a Coreia do Norte a sentar-se à mesa de negociações, Trump disse que Pyongyang constitui uma ameaça mundial e afirmou estar disposto a usar todo o potencial do exército americano para impedir a Coreia do Norte de alcançar os seus objectivos nucleares e balísticos.
O líder norte-americano apontou as opções militares dos EUA, observando que três grupos de porta-aviões e um submarino nuclear estão na região, mas sublinhou esperar que estes nunca tenham de ser utilizados.
Donald Trump revelou que a Coreia do Sul vai comprar armamento aos Estados Unidos por biliões de dólares para enfrentar as ameaças da vizinha do norte. “Seja aviões, mísseis ou o que for”, limitou-se a afirmar Trump. A imprensa sul-coreana avançou que há também negociações para a compra de submarinos nucleares.
De recordar que nos últimos tempos, Trump ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte, atingir o país com "fogo e fúria" e referiu-se a Kim Jong-un como o "Rocket Man".
Depois do Japão e da Coreia do Sul, o presidente dos Estados Unidos vai à China, Vietname e Filipinas. Outro dos temas polémicos que leva na bagagem é a renegociação de acordos comerciais, depois de ter retirado o país do acordo comercial do Pacífico.
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