Turquia : Abertura do processo de 143 ex - militares

Abriu hoje, em Silivri, perto de Instambul (Turquia), o processo de 143 antigos militares turcos, acusados de ter morto várias dezenas de pessoas durante um golpe de Estado abortado, a 15 de Julho de 2016. Quase todos se encontram em prisão preventiva, e poderão ser condenados a prisão perpétua.

Polícia de choque, no passado dia 4 de Outubro, diante dos autocarro que transportava ex-militares acusados de ter tentado assassinar o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. REUTERS/Osman Orsal

Eles são 143, entre os quais 30 oficiais. São acusados de ter participado em confrontos numa ponte  de Istambul, em Julho de 2016, tendo causado dezenas de mortos, durante um golpe de Estado falhado. Entre as vítimas, um amigo pessoal do Presidente turco, que estava acompanhado pelo seu filho, de 16 anos.

Esta manhã, antes da abertura do processo, muitas pessoas amigas e familiares  das vítimas reuniram-se diante do tribunal de Silviri, onde decorre o processo, reclamando a pena de morte para os acusados, mesmo se a pena de morte foi abolida na Turquia em 2004.

O episódio mais dramático dessa tentativa de golpe de Estado, ocorreu a 15 de Julho de 2016, quando militares abriram fogo sobre civis numa ponte do Bósforo, em Istambul, matando 34, e sofrendo 7 baixas.

Ancara atribui esta tentativa de golpe de Estado ao religioso Fettulah Gülen, antigo aliado do Presidente Erdogan, residente nos Estados Unidos, que nega qualquer implicação naqueles factos

Desde aquela tentativa de golpe militar falhada, as autoridades turcas detiveram mais de 50.000 pessoas.

Entretanto, um tribunal turco condenou ontem 40 pessoas a prisão perpétua, por ter sido provado que elas tinham tentado assassinar Tayyip Erdogan na noite de 15 a 16 de Jullo de 2016.