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Myanmar

90 ONGs denunciam “crimes contra a humanidade” em Myanmar

Cerca de 90 ONGs denunciam alegados "crimes contra a humanidade" na antiga Birmânia contra a minoria muçulmana rohingya e pedem à ONU que imponha um embargo sobre as armas e sanções contra os supostos responsáveis de crimes.

Refugiados rohingyas no Bangladesh. 28 de Setembro de 2017.
Refugiados rohingyas no Bangladesh. 28 de Setembro de 2017. REUTERS/Cathal McNaughton
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Um comunicado da Human Rights Watch indicou que cerca de 90 ONGs denunciam alegados "crimes contra a humanidade" em Myanmar contra a minoria muçulmana rohingya e pedem à ONU que imponha um embargo sobre as armas e sanções contra os supostos responsáveis de crimes e abusos contra os civis.

As organizações pedem a “todos os países para suspenderem imediatamente toda a sua ajuda e cooperação militar” com Myanmar.

Esta quinta-feira, o Conselho de segurança da ONU organizou a primeira reunião pública sobre Myanmar desde o êxodo de 421.000 rohingyas para o Bangladesh. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu o fim das operações militares na região, um corredor humanitário no oeste do país e o regresso dos refugiados.

Pedro Neto, director-executivo da Amnistia Internacional em Portugal, disse à RFI que se está perante uma crise humanitária de larga escala.

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Pedro Neto, director executivo da Amnistia Internacional Portugal

Desde 25 de Agosto, quando começou a repressão do exército contra esta minoria muçulmano no no estado de Arracão, no oeste do país, 421.000 rohingyas fugiram para o Bangladesh.

Os rohingyas são a maior população apátrida no mundo e são tratados como estrangeiros em Myanmar, um país onde 90% da população é budista. Vítimas de discriminação desde que a sua nacionalidade lhes foi retirada em 1982, eles não podem viajar nem casar sem autorização, não tendo acesso ao mercado de trabalho nem aos serviços públicos como as escolas e hospitais.

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