Sanções contra Coreia do norte vitória de Trump
Sanções do conselho de segurança da ONU, adoptadas ontem por unanimidade, contra a Coreia do norte, que continua com as suas provocações, tendo lançado em julho dois mísseis de longo alcance, ameaçando directamente os Estados Unidos. Pode-se falar duma vitória de Trump, que obteve os votos da Rússia e da China.
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O conselho de segurança da ONU, adoptou este sábado, 5 de agosto, por unanimidade, uma resolução reforçando sanções impostas à Coreia do norte, privando assim, Pyongyang, de 1000 milhões de dólares de receitas anuais.
Estas sanções do conselho de segurança, respondem a repetidas provocações nucleares da Coreia do norte, que ainda em julho, lançou dois mísseis de longo alcance, com o seu presidente, Kim Jong-un, dizendo que estava em condições de atingir os Estados Unidos.
Pode-se dizer assim, tratar-se de uma vitória diplomática de Donald Trump, que reagiu, aliás, através da sua conta no Twitter, saudando o voto unânime do conselho de segurança, sublinhando que estas sanções terão um "grande impacto financeiro" sobre Pyongyang, pois, representam um custo de "mais de mil milhões de doláres para a Coreia do norte.
Logo a seguir, um comunicado da Casa Branca, afirmava que "o presidente apreciava a cooperação da China e da Rússia que viabilizaram a adopção da resolução".
O mesmo comunicado, sublinhava, que o presidente americano continuará a trabalhar com os seus aliados e parceiros para reforçar a pressão diplomática e económica sobre a Coreia do norte, para se pôr um termo ao seu comportamento ameaçador e destabilizador."
A resolução do conselho de segurança da ONU, é um sucesso para Trump, pois conseguiu convencer, desta vez, a Rússia e a China, dois dos 5 membros permanentes, que têm defendido mais o diálogo diplomático, com Pyongyang.
A resolução foi proposta pelos Estados Unidos, para penalizar as exportações norte-coreanas, nomeadamente, nos sectores do carvão, do ferro e da pesca e obrigar a Coreia do norte a negociar.
A bola está agora no campo norte-coreano que "deve responder" às solicitações internacionais, declarou, por sua vez, a embaixadora americana, na ONU, Nikki Haley.
"São as sanções mais estritas contra um país, desde a última geração", sublinhou a embaixadora americana.
A China, a protectora da Coreia do norte, aconselhou Pyongyang, a negociar e este domingo, o ministro chinês dos negócios estrangeiros, Wang Yi e o seu homólogo americano, Rex Tillerson, pediram, durante o forum da ASEAN, em Manila, a Pyongyang, para renuncar às suas ambições nucleares.
A Rússia, votou a resolução, mas o seu embaixador, Vassili Nebenzia, na ONU, disse que "será impossivel resolver o conflito com a adopção apenas de sanções pelo que tem de haver uma abordagem global e uma estratégia política."
Enfim, a França, apoiou sem hesitação a resolução, com o o seu embaixador, François Delattre, a dizer que se torna "cada vez mais urgente acabar com os programas nuclear e balístico norte-coreanos e trazer Pyongyang à mesa de negociações."
De notar que a resolução do conselho de segurança da ONU, acusa a Coreia do norte de levar a cabo "um desvio massivo dos seus fracos recursos" para continuar a desenvolver "armas nucleares e programas balísticos dispendiosos."
João Matos, sobre sanções da ONU contra a Coreia do norte
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