Iraque: futuro incerto após Mossul
Depois da derrota dos jiadistas do Daech em Mossul, múltiplas questões surgem sobre o futuro do Iraque e a convivência entre sunitas e xiitas. Os analistas do Médio-Oriente consideram que o mais difícil está para vir, dada as divergências que existem no seio da classe política iraquiana e ao facto de que os jiadistas do Daech ainda controlam outras zonas do Iraque, embora desabitadas.
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A reconquista de Mossul aos jiadistas do Daech , a morte ainda não confirmada de Abu Bakr al-Baghadi, cujo nome verdadeiro é Ibrahim Awad al-Badri , bem como a reconstrução , a convivência comunitária e a questão curda vão dominar o futuro do Iraque. Segundo os analistas, o actual governo , chefiado por Haïdar al-Abadi , deverá primeiramente retomar o controlo dos sectores, onde ainda se encontram núcleos de jiadistas do Daech, e em seguida criar as condições de uma vida política normal.
De acordo com Karim Pakzad, investigador no Iris(Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas de Paris ) a batalha de Mossul contribuiu para unir contra o Daech todas as comunidades iraquianas .Todavia não é certo que essa unidade perdure, se atendermos que por um lado os curdos desejam aproveitar o momento histórico para exigir uma maior autonomia e por outro , que sunitas e xiitas terão de superar as suas dissensões. Estas últimas,segundo alguns analistas, foram essencialmente provocadas pelo estado de guerra que assola o Iraque , desde práticamente 2003, e são o facto de facções armadas. Nesse contexto é o Estado iraquiano, quem deverá assumir as suas responsabilidades no processo de reconciliação das comunidades do país.
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