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PORTUGAL

Portugal: número de mortos no incêndio aumenta para 63

O balanço humano do incêndio em Pedrógão Grande, na região de Leiria, continua a aumentar: há agora 63 mortos e 135 feridos. Os fogos, que começaram na tarde de sábado, continuam a lavrar em todo o terriório e estão a ser combatidos pelos bombeiros.

Cerca de 48 horas depois do início do incêndio, que fez 63 mortos e 135 feridos na região de Leiria, no centro de Portugal, os bombeiros continuam a combater os fogos que lavram a zona
Cerca de 48 horas depois do início do incêndio, que fez 63 mortos e 135 feridos na região de Leiria, no centro de Portugal, os bombeiros continuam a combater os fogos que lavram a zona REUTERS/Rafael Marchante
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Cerca de 48 horas depois do início do incêndio na região de Leiria, no centro de Portugal, que fez 63 mortos e 135 feridos, os bombeiros continuam a combater os fogos que lavram a zona. No total, há 10 incêndios que continuam em curso em todo o território português, estando mobilizados mais de 2.000 agentes no combate às chamas.

Além disso, 14 aviões sobrevoam actualmente as zonas dos incêndios, alguns deles tendo sido fornecidos por países da União Europeia, entre os quais a Espanha e a França, no quadro do mecanismo europeu de protecção civil, que foi accionado por Portugal. 

A maioria dos habitantes das zonas afectadas pelos incêndios encontra-se actualmente em refúgios, que foram criados para acolhê-los, tendo em conta que muitos se encontram desalojados. A enviada especial da RFI à região, Marine de la Moissonière, entrevistou uma das habitantes de Pedrógão Grande.

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Habitante de Pedrógão Grande, entrevistada por Marine de la Moissonnière, enviada especial da RFI

Onda massiva de solidariedade

Pouco após a revelação do cenário devastador e do número de vítimas originadas pelo incêndio de Pedrógão Grande, surgiu uma onda de solidariedade em todo o território português que visa ajudar, além das famílias das vítimas e dos desalojados, os bombeiros que combatem as chamas. 

Ontem, aliás, tinham sido lançados apelos às pessoas que vivem na região de Leiria para levar alimentos e água aos quartéis dos bombeiros. Face à resposta massiva da população, Jaime Mata Soares, presidente da Liga de Bombeiros, pediu hoje para que se suspendessem as ajudas tendo em conta que o stock de mantimentos já foi atingido. 

Foram também vários os médicos que prontificaram-se para ajudar as vítimas dos incêndios. O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, afirmou nomeadamente que "é um momento especial em que o país tem de mostrar uma grande solidariedade" e que ele, caso seja necessário, "arregaçará as mangas e irá trabalhar". 

A ajuda reveste também formas monetárias. A instituição de caridade, Cáritas, afirmou que irá fornecer 300.000 euros para ajudar as vítimas e os desalojados e abriu um fundo para que os cidadãos também transfiram dinheiro. 

Já o vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen afirmou que, com o Fundo de Solidariedade Europeu, 95% dos custos de reconstrução da região serão financiados pela União Europeia. 

Causas do incidente

Depois desta tragédia, começam agora tentar apurar-se responsabilidades. João Branco, presidente da Quercus, considera que o incidente podia ter sido evitado e que o Governo, assim como outras entidades, não tomaram as medidas necessárias para prevenir o incêndio, não obstante os numerosos avisos de que foram alvo ao longo dos anos. 

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João Branco, presidente da Quercus

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