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França

Macron lança reforma do Código do Trabalho

Emmanuel Macron encaminhou a primeira reforma do seu mandato, uma das medidas mais emblemáticas prometidas durante a sua campanha, a reforma do Código do Trabalho, uma reforma cujos contornos mas sobretudo o método de discussão começaram a ser abordados esta manhã em primeiros contactos entre o Presidente e as principais organizações sindicais.  

Emmanuel Macron recebendo o responsável do sindicato CGT Philippe Martinez hoje no Palácio do Eliseu.
Emmanuel Macron recebendo o responsável do sindicato CGT Philippe Martinez hoje no Palácio do Eliseu. AFP
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Para o Presidente, as prioridades são reformar não só a Lei do Trabalho, como também o subsídio de desemprego e a formação profissional, Emmanuel Macron tendo referido ainda antes de ser eleito que pretendia ver esta reforma ser adoptada rapidamente antes do verão e por despacho legal sem passagem pelo parlamento. Enquanto o responsável do sindicato do patronato MEDEF, Pierre Gattaz, reiterava ainda hoje que o Presidente deveria ir mais rápido e mais longe, os representantes dos trabalhadores não têm deixado de expressar alguma crispação.

Ao sair do seu encontro com o Presidente da República, o secretário-geral do sindicato de esquerda CGT, Phillipe Martinez, julgava ter entendido que poderia haver uma extensão do período de discussões. Interrogado sobre a sua agenda, o Eliseu desmentiu contudo essa impressão, referindo que até Setembro seriam tomadas decisões e que o método seria o prometido, a passagem por despacho, o que Laurent Berger, secretário-geral do sindicato reformista CFDT, desaconselhou vivamente ao chefe de estado.

Contudo, para além do calendário é também sobre um dos pontos fulcrais desta reforma, a liberalização do mercado de trabalho com a possibilidade de estabelecer acordos internos nas empresas sem ter que se conformar a acordos de sector, que os sindicatos dos trabalhadores têm tecido alertas.

Menos de um ano a seguir à adopção da controversa "lei trabalho El Khomri", amanhã e segunda-feira, os parceiros sociais vao começar a discutir no detalhe esta nova reforma com o Primeiro-Ministro e a Ministra do Trabalho. E face ao aviso do governo de que os "sindicatos não têm direito de bloquear o país", a CGT retorquiu que "um ministro diz o que quiser, mas que os trabalhadores fazem o que quiserem também".

Eis o relato destes primeiros contactos.

02:12

Os sindicatos CGT e CFDT comentam os primeiros contactos com Macron

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