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MONDE

Ataque dos Estados Unidos na Síria causa mal estar com Moscovo

Enquanto a maioria das capitais ocidentais apoia o ataque norte-americano contra a base síria, Moscovo considera-a ilegal, a Rússia tendo reclamado uma reunião de urgência do conselho de segurança da ONU para discutir sobre esta última evolução.

o presidente Donald Trump quere estabelecer uma nova linha vermelha
o presidente Donald Trump quere estabelecer uma nova linha vermelha REUTERS/Carlos Barria
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Washington recebeu o apoio de Londres, Paris e Berlim ao ataque visando a base aérea al-Shayrat, na província de Homs no norte de Síria, de onde se pensa que terà partido o ataque do início da semana com armas químicas.

Numa declaração conjunta, François Hollande e Angela Merkel defenderam que o presidente sírio, Bashar al-Assad, tem a "inteira responsabilidade" pelos ataques norte-americanos "devido ao uso repetido de armas químicas e pelos crimes contra o seu povo". "O uso de armas químicas é terrível e deve ser punido porque é um crime de guerra", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Marc Ayrault.

O Presidente francês, convocou uma reunião de emergência com conselheiros de Defesa esta manhã durante a qual foram discutidos os próximos passos a dar.

Esta decisão do presidente Trump poderá agravar as suas relações com a Rússia, uma vez que ainda esta Quinta-feira o regime de Vladimir Putin afirmou que não havia provas de que Assad tivesse usado armas químicas, dizendo mesmo ser "inaceitável fazer uma acusação infundada sem uma investigação detalhada e imparcial".

O porta-voz de Vladimir Putin qualificou a acção militar de "agressão contra a soberania de uma nação a partir de um pretexto encenado e uma forma de distrair a comunidade internacional das mortes de civis no Iraque".

Entretanto, o Secretário de Estado norte-americano acusou na Quinta-feira Moscovo de ter falhado nas suas responsabilidades em cumprir um acordo de 2013 cujo intuito era destruir o arsenal de armas químicas da Síria.

De acordo com o capitão Jeff Davis, citado pela agência Associated Press, "os militares norte-americanos especializados em estratégia tomaram precauções para minimizar o risco para o pessoal russo ou sírio estacionado na base aérea" bombardeada, situada na província síria de Homs.

Os Estados Unidos acusaram o regime de Bashar al-Assad de ter utilizado um agente neurotóxico do tipo 'sarin' na Terça-feira na localidade rebelde de Khan Cheikhun, no noroeste da Síria. Pelo menos 86 pessoas morreram nesse ataque.

 

 

Antonio Dias Farinha, Director do Instituto de Estudos Árabes e Islâmicos da Universidade de Lisboa.

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