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ESTADOS UNIDOS

Estados Unidos: Trump desiste da sua reforma da saúde

Donald Trump retirou ontem o seu texto que visava reformar o sistema de saúde. O presidente dos Estados Unidos, que dizia ser o "único que podia resolver os problemas de Washington", não conseguiu obter os 216 votos necessários para que o texto passasse para o Senado.

Trump justificou o recuo ao dizer que vai esperar que o "ObamaCare exploda" para poder reformar o sistema de saúde.
Trump justificou o recuo ao dizer que vai esperar que o "ObamaCare exploda" para poder reformar o sistema de saúde. REUTERS/Carlos Barria
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Donald Trump voltou ontem a sofrer uma pesada derrota. O presidente norte-americano, que tinha feito da reforma do sistema de saúde um dos temas principais da sua campanha, viu-se ontem obrigado a retirar a sua nova proposta de lei que visava substituir o ObamaCare. 

Isto deve-se nomeadamente a divisões no seio dos Republicanos. O Freedom Caucus, a ala mais radical do partido, opôs-se à nova proposta de Trump, que julga ser demasiado parecida com o Obamacare. Consequentemente, depois de três semanas de intensas negociações, o partido não conseguiu juntar os 216 votos necessários para que o texto passasse para o Senado.

O porta-voz dos Republicanos, Paul Ryan, disse que é "complicado passar de um partido na oposição a um partido que governa. O ObamaCare é a lei e continuará a ser a lei enquanto não for substituído".

Mostrando-se desiludido, Trump, no entanto, justificou o recuo ao dizer que vai esperar que o "ObamaCare exploda" para poder reformar o sistema de saúde. Isto deve-se ao facto de, nos últimos meses, a lei sobre a saúde votada por Barack Obama enquanto era presidente, estar a ser demasiado cara para os cofres do Governo. "Não vai ser bonito", rematou o presidente.

O novo texto proposto por Donald Trump estava a ser alvo de algumas críticas nos Estados Unidos. As sondagens mostravam, aliás, que, com a nova lei, cerca de 24 milhões de pessoas ficariam sem qualquer tipo de seguro de saúde. 

É assim uma nova derrota para Donald Trump depois de ter visto o poder judicial anular os seus decretos que visavam proibir a entrada a indíviduos com nacionalidade de 6 países de maioria muçulman (Irão, Sudão do Sul, Somália, Líbia, Síria e Iémen). 

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