Portugal pede demissão do presidente do Eurogrupo
O presidente do Eurogrupo continua a ser alvo de acesas críticas por parte dos países do sul da Europa. O ministro holandês das finanças acusara os ditos Estados de gastarem dinheiro em "copos e mulheres". Portugal pede a sua demissão.
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Jeroen Djisselbloem referira ao diário alemão Frankfurter Algemeine Zeitung de domingo passado que "não se pode gastar todo o dinheiro em mulheres e álcool e depois pedir ajuda".
Esta uma referência aos programas de resgate que vários países tiveram, caso da Grécia, da Irlanda, de Portugal e mesmo do sector bancário espanhol.
Programas que implicaram a implementação de programas de austeridade exigindo cortes drásticos das despesas públicas que se traduziram em desemprego, baixa de ordenados e de pensões de reforma e que provocaram amplo descontentamento.
O chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, pediu o afastemento do presidente do Eurogrupo por este não ter condições para se manter no cargo.
Declarações que o ministro luso considerou como "infelizes e absolutamente inaceitáveis".
A Alemanha veio reagir, de acordo com a agência Efe, a assessoria do ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, afirmou "apreciar muito" o trabalho do seu homólogo holandês na liderança do Eurogrupo.
Friederike von Tiesenhausen, do Ministério alemão das finanças, acrescentou que deve ser lida na totalidade a parte da entrevista em que faz essas declarações, dando a entender que a polémica citação está fora do contexto.
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