Turquia mantém ofensiva na Síria
Depois de um ano marcado pelo regresso do conflito curdo e a guerra na vizinha Síria, os turcos contabilizaram 14 atentados em 2016 e entraram no Novo Ano a sofrer novo ataque terrorista.
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O vice-primeiro ministro anunciou, esta tarde, que a Turquia vai manter-se na ofensiva contra terrorismo no norte da Síria, apesar do atentado numa discoteca em Istambul, acto reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, declarou o porta-voz de Ancara.
O atentado que deixou 39 mortos "é uma mensagem destinada às operações externas, começando pela operação Escudo de Eufrates", cujo objectivo são o grupo terrorista Estado Islâmico e as milícias curdas, declarou Numan Kurtulmus.
O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, anunciou esta manhã que a comunicação social do país está proibida, de forma temporária de noticiarem desenvolvimentos sobre o atentado.
A polícia turca deteve, em Istambul, oito pessoas alegadamente implicadas no ataque terrorista contra a discoteca “Reina”, na noite da passagem de ano, que vitimou mortalmente pelo menos 39 pessoas.
De acordo com o jornal turco Hurriyet, os suspeitos foram detidos pela unidade anti-terrorista da polícia, numa operação que ainda está a decorrer.
A polícia conduziu a investigação centrada em células do grupo terrorista Estado Islâmico provenientes do Uzbequistão e Quirguistão, mas também em ramificações turcas do grupo extremista.
O grupo extremista Estado Islâmico que reivindicou hoje a autoria do atentado perpetrado na discoteca de Istambul.
"A Turquia está a registar uma descida dos valores democráticos" afirmou Ivo Sobral, especialista de Relações Internacionais, Presidente do Centro de Estudos Africanos, da Universidade do Porto.
Ivo Sobral, especialista em Relações Internacionais
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