A ONU denuncia atrocidades cometidas em Alepo
As forças armadas sírias tomaram a quase totalidade de Alepo, a segunda cidade do País, e antiga capital económica, ao cabo dum ataque e dum cerco de mais de um mês. Mas o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos afirma que, pelo menos 82 civis - homens, mulheres e crianças – foram executados sumáriamente nos bairros a Leste de Alepo, pelas forças de Bachar al Assad.
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Durante semanas a fio, os rebeldes foram bombardeados em alepo pela artilharia pesada síria, pelos ataques aéreos russos, e pelo avanço da infantaria síria, auxiliada por forças iranianas. Nas últimas 24 horas, mais de 800 rebeldes tiveram de se render, para não perder a vida.
Alepo não é mais do que um campo de ruinas, donde quase vinte mil civis tiveram de fugir da zona leste da cidade nos últimos dias, informou o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), num comunicado, sublinhando que estes números são apenas uma estimativa.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos lançou um sinal de alerta, confirmando que há civis que estão a ser executados pelas tropas governamentais. A RFI conseguiu falar com habitantes de Alepo, que confirmam estarem a ser cometidas atrocidades naquela cidade.
No momento em que o regime sírio está quase a alcançar a sua maior vitória militar, desde o início do conflito, em 2011, a França pediu uma reunião imediata do Conselho de Segurança da ONU para apoiar esta "cidade mártir".
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