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França / Sentença

Justiça : Sentença de três anos para Jérôme Cahuzac

O antigo Ministro francês da Economia e Finanças, Jérôme Cahuzac, foi condenado nesta quinta-feira a três anos de prisão efectiva, por fraude fiscal e lavagem de dinheiro, e a sua ex- esposa, Patricia Menard, foi condenada a uma pena de prisão de dois anos.  

Foto de arquivo : O ex-ministro francês da Economia e Finanças, Jérôme Cahuzac
Foto de arquivo : O ex-ministro francês da Economia e Finanças, Jérôme Cahuzac REUTERS/Philippe Wojazer TPX IMAGES OF THE DAY
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O Tribunal sancionou “uma falta penal de excepcional gravidade", cometida por um homem que "incarnava a política fiscal da França".
 

Membro do Partido socialista, político de longa data, Jérôme Cahuzac foi Presidente da Câmara, de Villeneuve-sur-Lot, e Ministro da Economia e Finanças, de François Hollande, de Maio de 2012 a Março de 2013, momento em que apresentou a sua demissão, depois de ter sido revelado que ele possuía uma conta na Suiça.
 

Jérôme Cahuzac negou veementemente tal notícia, durante quatro meses, na Assembleia francesa, diante dos deputados, e até mesmo junto do Presidente François Hollande.
 

O património oculto de Jérôme Cahuzac é estimado em 3,5 milhões de euros, e cerca de 600.000 euros estavam numa conta secreta na Suiça. Mas o julgamento expôs também os segredos bancários do casal Cahuzac (divorciado desde que o caso foi revelado). Com efeito, na década de 1990, o casal tinha tentado esconder a renda de uma próspera clínica de implante capilar, onde Jérôme Cahuzac era cirurgião, e Patricia Menard  dermatologista.
 

O Tribunal sancionou ambos, mas também um Banco de Genebra, o seu Director, um ex-advogado encarregado da operação financeira. Aquele estabelecimento bancário foi condenado a pagar a multa máxima por lavagem de dinheiro (1 milhão e 800 mil euros), enquanto François Reyl, o Director do Banco, e o ex-advogado Philippe Houman, foram condenados a um ano de prisão suspensa e 375.000 euros de multa.

Por ironia do destino, aquele que no passado tinha incarnado a luta contra a evasão fiscal, acabou por ser condenado a cinco anos de inelegibilidade, e agora a três anos de prisão efectiva.

O seu advogado, Jean Veil, anunciou que vai recorrer da sentença.

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