Coreia do Sul:inquérito parlamentar sobre escândalo poderia obrigar presidente a demitir-se

Vinte e nove deputados estariam dispostos a votar a destituiçao na sexta feira da Presidente sul coreana,Park Geun-Hye. A decisão surge após o impacto da grande manifestaçao de sábado em Seul, capital da Coreia do Sul, que reuniu mais de 2 milhões de pessoas. A destituiçao no âmbito do escandalo Park/Choi,terá como primeiro acto na terça-feira , a audiçao de grandes patrões da indústria do país, por parte de uma comissão inquérito parlamentar.

Park Geun-Hye , Presidente da Coreia do Sul.2016 REUTERS/Kim Hong-Ji

 A comissão de inquérito parlamentar sul-coreana iniciou nesta segunda-feira as audiências relacionadas com um escândalo de tráfico de influência, no qual a Presidente Park Geun-Hye é suspeitada de estar implicada , por intermédio da sua melhor amiga Choi Soon-Sil. A senhora Soon-Sil é suspeitada de tirar proveito da sua amizade com a Chefe de Estado, para forçar grandes firmas sul-coreanas a fazer doações de um valor de 70 milhões de dólares , à duvidosas organizações de benevolência. A incómoda amiga da Presidente Geun-Hye foi indiciada por coacção e abuso de poder , assim como acusada de desviar alguns dos fundos doados para uso pessoal .

 As investigações em curso que abrangem a elite da vida económica sul-coreana, poderiam de acordo com analistas locais , levar à destituição da Presidente Park Guen-Hye. Na terça-feira, os depoimentos serão consagrados aos dirigentes das grandes firmas, incluindo o herdeiro do grupo Samsung Lee Jae-Yong, o presidente da Hyundai, Chung Mong-Koo , bem como sete conglomerados , entre os quais LG, Lotte, Hanjin e CJ. Até ao momento, a Presidente Geun-Hye não foi convocada pela comissão de inquérito parlamentar. Os investigados no também chamado "Choi-gate" fazem parte das camadas mais ricas e influentes da Coreia do Sul, o que tem provocado um forte ressentimento no seio da população.