Direita ganha eleições na Islândia, mas tem de governar com centristas
Depois da vitória da direita nas eleições legislativas de, ontem à noite, a Islândia, entrou numa fase de negociações, já que não teve maioria absoluta, provocando a demissão do primeiro ministro, e terá de governar com os centristas que obtiveram.
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Vitória da coligação da direita nas eleições legislativas, deste sábado, 29 de outubro, na Islândia, mas com apenas uma maioria relativa, no novo parlamento, pelo que terá de negociar com os centristas que conseguiram 7 deputados, para formar governo.
Para já, o primeiro ministro islandês, Sigurdur Johannsson, do Partido do progresso, apresentou a sua demissão porque teve apenas 11,5 por cento dos votos, enquanto o seu parceiro de coligação, o Partido da independência, conseguiu 29 por cento dos votos.
Em termos de deputados, o partido do primeiro ministro, que continua a governar em regime de gestão corrente, obteve 8 deputados, enquanto o partido da independpência consegue 21 deputados.
Esta vitória da direita desmente as sondagens que davam uma vitória à esquerda social democrata, aliada ao Partido Pirata, o grande fenómeno destas eleições, que mesmo assim, conseguiu 27 assentos, na nova Assembleia legislativa.
A esquerda social democrata foi a grande derrotada destas eleições, tendo obtido apenas 3 lugares que se juntam a outra esquerda e dos verdes, que totalizam 10 deputados.
A direita ganha mas à tangente, pelo que para não viver a experiência da Espanha, terá que negociar rapidamente com os seus mais directos aliados ideológicos, os centristas, para que o país tenha governo.
Mas, certos analistas, falam também na eventualidade de uma espécie de governo de união nacional, da coligação da direita e do Partido Pirata, que com os seus 27 deputados, passa ter um grande peso no novo Parlamento, que conta com um total de 63 deputados.
A análise de Marina Mendonça, tradutora portuguesa e conselheira do Conselho multicultural da câmara municipal da capital islandesa, Reiquiavique, que já ontem contrariava as sondagens, perspectivando uma vitória da direita.
Marina Mendonça, tradutora portuguesa e conselheira cultural na câmara municipal da capital de Islândia
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