Maputo e Kigali avançam na cooperação bilateral
O chefe de Estado do Ruanda chegou hoje a Maputo para uma vista de dois dias. O reforço dos laços económicos e o pedido de extradição dos ruandeses suspeito de genocídio são alguns dos temos que Paul Kagame vai abordar com as autoridades moçambicanas. Esta segunda-feira as partes assinaram um acordo geral de cooperação.
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Moçambique e Ruanda, prevêem intensificar os laços de cooperação e amizade nas áreas de política e diplomacia, Justiça, Agricultura, Administração Estatal, Recursos Minerais, Cultura e Turismo, à luz do acordo geral de cooperação rubricado nesta segunda-feira na capital moçambicana.
Os dois chefes de Estado, Paul Kagame e Filipe Nyusi, abordaram igualmente a situação dos ruandeses, que vivem em Moçambique, suspeitos de estarem envolvidos no genocídio de 1994. Sobre esta questão falaram os responsáveis da diplomacia dos respectivos países.
O ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Oldemiro Baloi, lembrou o facto de existir desde 1990 um "protocolo geral de cooperação". Esse acordo previa a criação de uma comissão mista "que por razões diversas, de conjuntura, nunca se reuniu, todavia um primeiro encontro poderá vir a acontecer em 2017".Actualmente existem mais de mil ruandeses, entre refugiados e exilados, a viver em Moçambique e até ao momento as autoridades receberem do Ruanda 12 pedidos.
A ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Louise Mushikiwabo, que integra a comitiva do Presidente ruandês, sublinhou que o acordo assinado demonstra a vontade de Maputo e Kigali de dar um passo em frente na cooperação bilateral.
Correspondência de Orfeu Lisboa
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