Alepo mergulha no inferno dos raides russos
Pelo menos 25 civis perderam a vida nos violentos bombardeamentos que atingiram ontem os bairros rebeldes na cidade de Alepo. Estes ataques acontecem numa altura de completo impasse diplomático e três dias após a Rússia ter vetado na ONU a resolução francesa de cessar-fogo na Síria.
Publicado a:
Depois de um fim-de-semana calmo, os aviões russos e sírios lançaram intensos raides nos sectores controlados pela coligação de rebeldes jihadistas e islâmicos que ocupam a parte oriental da cidade de Alepo. Durante os piores bombardeamentos dos últimos dias, um prédio desmoronou-se atingindo os ocupantes do mesmo, entre as vítimas estavam mulheres e crianças.
O exército sírio e os seus aliados querem recuperar o bairro Boustane al-Qasr, um local estratégico que permite o acesso a outros sectores da cidade. As tropas governamentais mantêm a pressão e já conseguiram recuperar a célebre praça al-Jandoul, no nordeste, adjacente a vários bairros residências. O exército está a levar a cabo simultâneos ataques sobre vários pontos da chamada linha de demarcação, obrigando assim os rebeldes a dispersar as suas forças.
Acordo informal
Apesar do fosso que os separa, o governo e os rebeldes concluíram um acordo informal para poupar as estações de tratamento de água potável e para permitir a chegada de combustível aos bairros situados na zona este da cidade. Este combustível destina-se aos geradores eléctricos que fazem funcionar infoestruturas vitais na cidade.
Putin adia viagem a Paris
Os ataques desta terça-feira acontecem numa altura de completo impasse diplomático e três dias após a Rússia ter vetado na ONU a resolução francesa de cessar-fogo. A mostrar este desacordo esta o adiamento da visita do Presidente Vladimir Putin a Paris. O chefe de Estado russo devia ter-se deslocado esta semana a Paris para inaugurar um Centro Cultural Ortodoxo.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro