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Terrorismo/Bélgica

Polícia belga podia ter evitado 13 de Novembro em Paris

Um relatório interno da polícia belga revela que os seus  serviços  tiveram mais de uma dezena de oportunidades para identificar e deter os jiadistas implicados nos atentados do dia 13 de Novembro de 2015 em Paris . Segundo o diário belga De Tijd, desde o início do mês de Fevereiro, que as autoridades policiais possuíam elementos provando a ligação entre Salah Abdeslam e  indivíduos suspeitos de realizar actos terroristas.

Presidente do Chile, Michelle Bachelet depõe ramo de flores  em nome das vítimas dos atentados  de 13  de Novembro em Paris, te da sala de espectáculos Le Bataclan. Paris,18 de Dezembro de 2015 .
Presidente do Chile, Michelle Bachelet depõe ramo de flores em nome das vítimas dos atentados de 13 de Novembro em Paris, te da sala de espectáculos Le Bataclan. Paris,18 de Dezembro de 2015 . (Reuters)
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Segundo o jornal De Tijd, um relatório interno à polícia belga mostra que a mesma poderia ter impedido a realização dos atentados de 13 de Novembro de 2015 em Paris. No decurso da sua vigilância às células terroristas, as autoridades belgas identificaram em Fevereiro de 2015 , laços entre Salah Abdeslam, único sobrevivente do grupo de jiadistas que realizou os atentados, e indivíduos suspeitos de estarem envolvidos em actividades terroristas. Os serviços da polícia belga especializados na luta contra o terrorismo, possuíam os dados telefónicos dos contactos entre Abdeslam e os jiadistas que no mês de Novembro viriam a cometer os atentados em vários pontos da capital francesa. De Tijd afirma que a informação não foi avaliada pela polícia, por falta de investigdaores.

 A polícia belga teve 13 oportunidades de prender alguns dos jiadistas implicados nos ataques em Paris , mas a falta de efectivos fez com que a investigação não tenha sido efectuada. O relatório destaca que antes da tragédia de Paris, as autoridades espanholas tinham solicitado mais informações sobre Brahim Abdeslam, irmão mais velho de Salah, após uma viagem sua à Espanha, em Março de 2015. Brahim Abdeslam que fazia parte dos terroristas que cometeram os atentados no dia 13 de Novembro, decidiu explodir-se na mesma noite dos massacres de Paris. Os irmãos Abdeslam são oriundos do distrito de Molenbeek, na região de Bruxelas.

 Actualmente detido em França, Salah Abdeslam tinham também ligações com vários jiadistas belgas , envolvidos nos ataques à bomba ocorridos no dia 22 de Março de 2016 em Bruxelas. Tantos os atentados em Paris como em Bruxelas foram reivindicados pelo grupo autodenominado Estado Islâmico, com base na Síria. As primeiras fugas do inquérito revelam que a polícia de Molenbeek tinha avisado aos seus superiores, que os irmãos Abdeslam se tinham radicalizado em contacto com Abdelhamid Abaaoud, chefe do grupo de terroristas que atacaram nomeadadamente a sala de concertos parisiense , Le Bataclan, na qual foram executadas cerca de 100 espectadores que assistiam ao concerto da banda americana, Eagles of Death Metal. Abdelhamid Abaaoud foi morto no dia 18 de Novembro durante o assalto das forças policiais francesas ao apartamento em que ele se tinha refugiado após os atentados do dia 13, em Saint-Denis, no norte da região parisiense.

 

      

                         

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