NATO reafirma protecção de países membros

A cimeira da NATO, a decorrer desde ontem, em Varsóvia, termina este sábado, com a organização atlântica a reafirmar que vai enviar força militar para a Polónia, para ser protegida frente a uma Rússia agressiva.

Presidente da Polónia, Andrzej Duda, que recebe apoio da NATO, na cimeira da oraganização atlântica que termina este sábado, 9 de julho REUTERS/Kacper Pempel

A cimeira dos chefes de estado e de governo dos países membros da NATO, iniciada esta sexta-feira, 8 de julho em Varsóvia, termina este sábado, 9 de julho, com a organização atlântica de defesa, a reafirmar a sua intenção de instalar forças militares nos países bálticos e na Polónia, como prevenção a qualquer ataque da Rússia.

O presidente russo Putin, não terá ficado, certamente, satisfeito, com esta medida da Organização do Tratado do Atlântico Norte, que não foi nem vai ser desmantelada, como aconteceu com o Pacto de Varsóvia, organização idêntica, do lado do campo soviético e dos tempos da União soviética.

Aliás, o presidente Putin, já sabia que a NATO, tomaria uma tal decisão, pelo que vinha reclamando antes da cimeira de Varsóvia, o desaparecimento da NATO, tendo em conta que o Pacto de Varsóvia deixou de existir com a queda do Muro de Berlim e o desmantelamento da União soviética e os seus países satélites do bloco comunista.

Polónia, era um desses países comunistas, fazendo parte da esfera soviética, mas com a queda do Muro de Berlim e a Liberdade, passou a pertencer à NATO e ao mundo livre ocidental, assim, como muitos outros ex-países comunistas da região báltica e da Europa de leste e oriental.

Quem fez declarações igualmente em Varsóvia mas diferentes das de Putin, foi a chanceler alemã, Angela Merkel, que alertou para o facto de a Rússia estar cada vez mais agressiva e que se impõ desconfiar da posição russa em relação aos antigos países comunistas, que abraçaram a democracia ocidental.

O Presidente francês, François Hollande, igualmente, presente na cimeira, teve uma posição mediana, dizendo que há que manter o diálogo com a Rússia.

Mas com a cimeira a terminar este sábado, ficam claras e evidentes, que a NATO, vai instalar uma força multinacional não só na Polónia, como nos países bálticos para prevenir qualquer agressão da Rússia, sublinhando que se mantém o diálogo com Moscovo, como acontece até agora.

Aliás, mesmo sabendo que Putin e os dirigentes russos ficaram irritados com este anúncio, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse a importância de não isolar a Rússia, que será informada oficialmente sobre esta decisão tomada nesta cimeira de Varsóvia.

Por seu lado, o Presidente americano, Barack Obama, que participava na sua última cimeira da NATO, já que termina o seu mandato, depois das eleições americanas de novembro, teve igualmente um discurso grave, apelando os seus parceiros a adoptarem uma posição firme em relação a Moscovo e "defender cada um dos aliados da NATO", como reza, aliás, o artigo 5° da Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Assim, a Estónia, a Letónia, a Lituânia e a Polónia, vão beneficiar da instalação de quatro batalhões da NATO, cerca de 3.000 a 4.000 homens no total.

A França, enviará militares em 2017 para Estónia, e em 2018 para Lituânia, no quadro da brigada franco-alemã.

Enfim, à margem da decisão da NATO, a terminar em Varsóvia, os Presidentes russo, Putin e francês, Hollande e a chanceler alemã, Angela Merkel, falaram ao telefone, sobre a crise na Ucrânia, sublinhando a necessidade duma solução política para pôr fim ao conflito separatista em Donbass, anunciou Kremlin.