Barack Obama face à a Alemanha e ao TAFTA
Após a região do Golfo e o Reino Unido, o Presidente Obama encerra a sua viagem Europeia na Alemanha ,onde ele se avista com a chanceler alemã, Angela Merkel e aborda questões relacionadas com o Tratado de Pärceria Transatlântrica para o Comércio e os Investimentos(TAFTA) e com a segurança. Obama que não deseja a retirada da Grã-Bretanha da União Europeia,considera que o TAFTA terá benefícios mútuos para os Estados Unidos e a União Europeia. Na Alemanha,os sindicatos e os partidos de esquerda são desfavoráveis ao polémico acordo comercial transtalântico.
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O Presidente Barack Obama considera indispensável a relação entre os Estados Unidos e a Alemanha. Todavia nem tudo tem sido rosas entre Washington e Berlim, como o atesta a frivolidade desencadeada pela espionagem do telefone pessoal de Angela Merkel, por parte da NSA( Agência Nacional de Segurança). A descoberta irritou a chanceler e os alemães que se tornaram cépticos à respeito da administração Obama.
De acordo com o instituto americano especializado Pew Research Center, 45% de alemães têm um ponto de vista desfavorável sobre os Estados Unidos. Na sua qualidade de primeira potência económica da Europa, a Alemanha permanece no domínio um incontornável parceiro para os Estados Unidos.
A impopularidade do TAFTA noutros países europeus não é estranha à opção alemã de Barack Obama , para relançar a ideia da grande zona de comércio livre transatlântica. No sábado milhares de pessoas manifestaram em Hanover contra o TAFTA, cujas negociações estão no impasse, devido à divergências entre americanos e europeus. O ministro alemão da Economia , Sigmar Gabriel, declarou que sem concessões da parte de Washington a tentativa de parceria fracassará.
Segundo o semanário alemão,Der Spiegel, o Presidente François Hollande que participará nesta segunda-feira em Hanover no encontro conjunto com Barack Obama, David Cameron do Reino Unido e Matteo Renzi da Itália, organizado pela chanceler Angela Merkel, prefere não fazer alusão ao TAFTA. A parceria comercial transatlântica contra a qual há uma crescente mobilização na Europa, é bastante impopular em França. Na Alemanha sindicatos e partidos de esquerda são unânimes em rejeitar um acordo, que segundo eles se resume em três palavras "compre produtos americanos".
No decurso de uma conferência de imprensa conjunta com a chanceler alemã , Angela Merkel ,em Hanover, o Chefe de Estado americano, Barack Obama exortou a União Europeia e os Estados Unidos a impulsionar o projecto de acordo comercial para a livre-troca entre a Europa e os Estados Unidos . Segundo Obama "não há dúvidas que a livre-troca à nível mundial, reforçou a economia americana e contribuiu para beneficiar os países envolvidos no sistema".
Paralelamente, o Presidente dos Estados Unidos, referiu-se ao conflito sírio, considerando preocupante a intensificação dos combates. Barack Obama reiterou a sua convicção, de que o desfecho para a guerra civil síria passa por uma solução política e um governo de unidade nacional,no qual sejam representados "todos os sírios".
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