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Iémen

Negociações de Paz do Iémen

Arrancaram esta quinta-feira no Koweit, as negociações de paz do Iémen sob a égide das Nações Unidas, conversações em que se espera encontrar uma solução para a instabilidade que dilacera o país desde a saída de cena em 2012 do antigo presidente Ali Abdallah Saleh.

Uma iemenita segura o filho desnutrido num centro de saúde em Sanaa, a capital, no passado 6 de Abril.
Uma iemenita segura o filho desnutrido num centro de saúde em Sanaa, a capital, no passado 6 de Abril. REUTERS/Khaled Abdullah
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Os apoiantes do antigo presidente, os rebeldes xiitas da etnia Houthi opõem-se às forças fiéis ao presidente Abd Rabbo Mansour Hadi, uma oposição que culminou com a tomada pelos rebeldes de Sanaa, a capital, em 2014. O conflito entretanto internacionalizou-se em Março de 2015, quando vários países muçulmanos, conduzidos pela Arábia Saudita, começaram a intervir militarmente no país para Mansour Hadi, exilado em Aden no leste do país, retomar o controlo total do Iémen.

As negociações de hoje ocorrem num ambiente de desconfiança muito forte. Inicialmente previstas para arrancar na segunda-feira, elas tiveram que ser adiadas até hoje porque os rebeldes recusaram enviar os seus representantes a tempo. A delegação do presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, presente de Domingo no Koweit ameaçou abalar se as negociações não começassem hoje. Os rebeldes exigem a cessação das operações da aviação da coligação Árabe, o levantamento do bloqueio naval imposto pela Arábia Saudita no Iémen assim como o fim das sanções impostas pela ONU a alguns dos seus dirigentes e aliados, nomeadamente o próprio antigo presidente Abdallah Saleh.

Para além do campo político, o terreno militar também permanece tenso apesar de algumas acalmias na sequência de um cessar-fogo que entrou em vigor no passado 11 de Abril. Ontem à noite, um roquete lançado pelos rebeldes atingiu Marib, localidade controlada pelas forças governamentais perto de Sanaa. De acordo com as autoridades, haveria igualmente confrontos em Nahm, no nordeste de Sanaa, combates esporádicos nas províncias de Jawf no norte, Taëz no sudoeste e em Baïda no centro do país. Por seu turno, os rebeldes acusam os sauditas de violar o cessar-fogo.

Refira-se que desde o início em Março de 2015 da intervenção da coligação Árabe naquele país, a ONU calcula que morreram 6400 pessoas, metade das quais civis, o conflito tendo igualmente causado mais de 30.500 feridos.
 

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