Estreia do filme póstumo do cineasta português Manoel de Oliveira
Estreou hoje nos cinemas franceses a obra póstuma do realizador português Manoel de Oliveira "Visita ou Memórias e Confissões", um filme concebido para apenas ser exibido após a morte do cineasta, ocorrida no ano passado, aos 106 anos de idade. Preservado no segredo na Cinemateca Portuguesa durante 33 anos, este filme foi realizado entre 1981 e 1982, quando o cineasta tinha 73 anos.
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Construído em torno da visita da casa no Porto onde viveu durante uns 40 anos, uma casa carregada de lembranças e inspirações para a sua obra, este filme evoca de forma muito pessoal o amor incondicional de Manoel de Oliveira pela sua arte, as suas raízes na grande burguesia do Porto, a sua educação católica, a relação com a mulher Maria Isabel a quem é dedicada a fita, assim como -num prisma mais geral- o período da ditadura e o 25 de Abril.
Apresentado nos meios de comunicação social aqui em França como um filme-testamento, a "Visita" não se cinge a esta definição do ponto de vista de José Manuel Costa, director da Cinemateca Portuguesa, que alega que o cineasta não procurou necessariamente ir neste sentido, tanto mais que ele ainda faria outras 24 longas-metragens após a rodagem desta obra que acaba de estrear.
José Manuel Costa, director da Cinemateca portuguesa
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