Parlamento português chumba voto de condenação a Angola
Em Portugal, o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda viram chumbado o voto de condenação formal da sentença do tribunal de Luanda que atribuiu penas de prisão a 17 activistas angolanos.
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O voto de condenação apresentado pelo PS foi rejeitado pelos deputados com os votos contra do Partido Social Democrata (PSD) e ainda pelo Partido do Centro Democrático Social (CDS) e pelo Partido Comunista Português (PCP).
O voto de condenação socialista tinha como intenção para lastimar "a situação a que se assiste e que atenta contra princípios elementares da democracia e dos estados de direito, fazendo votos para que seja corrigida".
O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, argumentou que "é de todo o interesse do país, dos portugueses que residem e trabalham em Angola, das empresas que interagem com o território angolano, que haja estabilidade nas relações institucionais, diplomáticas entre os dois Estados e entre os respectivos órgãos de soberania".
Também o PCP apresentou uma declaração de voto; "a Assembleia da República deverá contribuir para preservar e fortalecer as relações de amizade e cooperação entre Portugal e Angola".
O tribunal de Luanda condenou, esta segunda-feira, a penas entre dois anos e três meses e oito anos e seis meses de prisão efectiva 17 activistas angolanos por actos preparatórios para uma rebelião e associação criminosa.
15 jovens activistas foram detidos durante um encontro, a 20 de Junho de 2015, rejeitaram sempre as acusações que lhes foram imputadas e declararam em tribunal que os encontros semanais visavam discutir política e não promover qualquer acção violenta para derrubar o regime.
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