Pesada derrota para chanceler alemã Angela Merkel
Pesada derrota para Angela Merkel, a chefe do governo alemão, nas eleições deste domingo em três dos ao todo 16 estados federados: Saxónia-Anhalt, Baden-Württemberg e Renânia Palatinado.
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A maioria dos analistas dizem que os eleitores alemães castigaram a “chanceler” pela sua política de acolhimento de refugiados e votaram num partido anti-imigração.
Esse partido anti-imigração, o denominado partido “Alternativa para a Alemanha” (AFD) foi particularmente premiado pelos eleitores no pequeno estado da Saxónia-Anhalt, situado na extinta Alemanha do Leste.
Nesse “Land” o partido que muitos apelidam de xenófobo, alcançou mais de 24 por cento, tornando-se o segundo partido mais votado.
Pesadas derrotas para o partido cristão-democrata (CDU) de Merkel também nos estados de Baden-Württemberg e Renânia Palatinado: a chefe do governo, Angela Merkel, em conferência de imprensa, explicou o resultado da seguinte forma: “O tema que dominou completamente as campanhas eleitorais foi a questão dos refugiados. Apesar dos maus resultados do meu partido continuo convencida de que precisamos uma solução europeia para o problema dos refugiados, mas infelizmente essa solução não é fácil de atingir, precisa de tempo".
Será que o governo alemão, uma grande coligação composta pelos cristãos-democratas e pelos social-democratas, tem os seus dias contados?
A pressão é enorme
A extrema-direita diz que vai continuar a aproveitar o descontentamento da população. Existem milhões de pessoas, no Médio Oriente e em África, à espera de oportunidades de fugir para a Europa. Por isso o tema da imigração vai continuar na agenda, afirmou hoje a presidente do AFD, Frauke Petri.
O partido populista já escolheu outro tema polémico que vai tentar explorar em próximas campanhas eleitorais: o medo de muitos alemães do Islão, como nos relata o nosso correspondente na Alemanha, António Cascais.
Correspondente na Alemanha, António Cascais
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