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Política/Alemanha/Europa

Conferência de Munique: face a uma nova guerra fria

Na conferência internacional sobre a segurança organizada em Munique, na Alemanha, os Estados Unidos,a Rússia e a Europa passam em revista os principais focos de tensão que põe em causa os equilíbrios, no mundo. No decurso da sua intervenção, o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev considerou que o mundo está novamente face à um guerra fria.O secretário de Estado americano, John Kerry lançou um apelo para que a Rússia, a Europa e os Estados Unidos cooperem para a resolução dos conflitos na Síria e na Ucrânia, bem como na luta contra o terrorismo e na procura de soluções para as vagas migratórias.

O Secretário de Estado americano John Kerry  discursando  em Munique.13 de Fevreiro 2016
O Secretário de Estado americano John Kerry discursando em Munique.13 de Fevreiro 2016 Reuters / Michael Dalder
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 A conferência internacional sobre a segurança decorrida em Munique, no sul da Alemanha abordou questões relacionadas com os focos de tensão que põem em causa os equilíbrios no mundo. Os conflito na Síria e na Ucrânia estiveram na agenda, bem como a luta contra o terrorismo e a problemática dos refugiados . Durante a sua intervenção o secretário de Estado americano,John Kerry afirmou que a Rússia deve pôr termo aos ataques contra as forças rebeldes sírias legítimas e apelou para uma cooperação entre Estados Unidos, a Rússia e a Europa visando pôr um fim aos conflitos na Síria e na Ucrânia.

 John Kerry, acrescentou que os próximos dias e semanas serão decisivos para que se conclua um acordo sobre a guerra civil na Síria. Segundo o secretário de Estado americano em caso de impasse no conflito sírio decisões difíceis terão que ser tomadas. Referindo-se às sanções aplicadas à Moscovo devido à sua implicação no conflito ucraniano ,o chefe da diplomacia americana afirmou que as mesmas serão levantadas logo que a Rússia implementar na sua totalidade os acordos de Minsk.

 Por seu lado, o primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev declarou  que o mundo encontra-se novamente mergulhado num clima de guerra fria, realçando o facto de que não se passa um dia sem que o seu país seja acusado de representar uma ameaça para a NATO, a Europa e os Estados Unidos. Medvedev criticou o expansionismo da NATO e a vontade da União Europeia de influenciar países da Europa de leste,que faziam parte do antigo bloco soviético. O chefe do governo da Rússia ironizou sobre o facto de a União Europeia pensar que a criação de um círculo de amigos na periferia da Europa ocidental, seria uma garantia para a segurança do continente.

 O presidente ucraniano, Petro Poroshenko , criticou quanto à ele, o que qualifica de "política estrangeira agressiva da Rússia", afirmando que o seu homólogo russo, Vladimir Putin tornou-se o líder de uma Europa isolacionista, intolerante, desrespeitosa dos direitos humanos, do fanatismo religioso e da homofobia.

 Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO declarou também que a postura ameaçadora da Rússia para com os seus vizinhos, obrigará a organização militar atlantista a adoptar uma atitude mais firme em relação à Moscovo.

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