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Mundo

Centrais sindicais da Grécia convocaram hoje uma greve geral

A Grécia vive hoje uma paralisação geral em protesto contra os cortes nas pensões previstos no terceiro “resgate” ao país. Hospitais, escolas e administração pública vão funcionar apenas parcialmente.

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, avalia o primeiro ano de governo
O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, avalia o primeiro ano de governo REUTERS/Alkis Konstantinidis
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Duas das principais centrais sindicais da Grécia convocaram hoje uma greve geral para protestar contra a reforma da segurança social do governo de Alexis Tsipras, em resposta à avaliação dos credores internacionais.

A paralisação parcial no sector dos transportes começou na terça-feira. Ontem, foi a vez dos jornalistas anteciparam o protesto cumprindo uma greve de 24 horas para garantirem a cobertura mediática da greve de hoje.

A greve poderá implicar o cancelamento de 16 voos domésticos e interromper as ligações marítimas com as ilhas. O movimento grevista deverá afectar as estações de serviço. As profissões liberais como médicos, advogados, notários, engenheiros civis, também receberam apelos para aderir à greve.

Segundo a portuguesa residente na Grécia, Maria da Piedade Maniatoglou, o sector privado não vê perspectivas para o desenvolvimento económico grego, "como praticamente todos os transportes participaram na greve havia poucos meios para as pessoas se deslocarem. Houve só algumas linhas que funcionaram durante um período limitado".

As duas principais sindicais; a confederação geral dos trabalhadores da Grécia e a união dos funcionários exigem a retirada de um projecto de reforma exigido pelos credores internacionais; União Europeia e Fundo Monetário Internacional, que prevê um aumento das contribuições.

Esta é a terceira greve desde que Alexis Tsipras aceitou no passado 13 de Julho um novo programa de resgate acompanhado por novas medidas de austeridade para evitar a saída da Grécia da zona euro.

"O sector privado vê com muito receio o facto de não haver perspectivas com o retomar de um certo desenvolvimento porque são medidas de restrição e austeridade que não terão impacto positivo na sociedade e na economia do país", descreve Maria da Piedade Maniatoglou.

Este novo pacote avaliado em 86 mil milhões de euros obrigou o governo grego a renunciar às promessas de ruptura imediata com a austeridade contribuíram para a sua primeira vitória eleitoral em Janeiro de 2015.

 

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