O nosso Convidado de hoje é José Manuel Anes, especialista português do terrorismo, antropologia da religião e dos novos movimentos religiosos, nas Univerdades Lusíadas do Porto e Lisboa, em Portugal, que analisa connosco a escalada de violência entre a Arábia saudita e o Irão, após a recente execução do xeque xiita, Nimr al-Nimr, pelas autoridades sauditas.Tudo começou no último sábado, quando as autoridades sauditas, decidiram executar o dirigente religioso xiita, que estava na prisão por ser muito crítico à monarquia saudita e com ele foram mortos igualmente cerca de 50 outras pessoas tidas como criminosas e terroristas de Al Qaeda e do grupo estado islâmico. É a escalada entre xiitas iranianos e sunitas sauditas.Tal provocou uma onda de protestos e violência, quer na Arábia saudita, quer no Irão, Iraque, ou no Líbano, para além, da Arábia saudita ter expulsado diplomatas iranianos e cortado relações comerciais com o Irão, ou ainda o Barém ou Barein e o Sudão, que também romperam relações diplomáticas com Teerão."(...) São facções irreconciliáveis, quer o xiismo, quer o sunismo, têm uma rivalidade intensa, desde os tempos da sucessão do Profeta. O Ali, que era o seu genro, havia de ser, tudo indicava, o sucessor do Profeta, e ele só foi o quarto Califa; e logo a seguir foi morto.""E o xiismo, nasceu duma grande indignação, um desejo de vingança, e de um ódio, face uma facção maioritária do Islão. Até hoje é uma rivalidade enorme, a Arábia saudita é, digamos, o grande país do sunismo, e de facto, o Irão o grande país do xiismo".Palavras de José Manuel Anes, Especialista português de assuntos de segurança e terrorismo, antropologia da religião e dos novos movimentos religiosos, Professor nas Univerdades Lusíadas do Porto e Lisboa, em Portugal.
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HRW denuncia a utilização de 'crianças-soldados' no ataque contra Macomia em Cabo Delgado
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Guiné-Bissau: Governo relativiza críticas e defende substituição de “mangueiras centenárias”
Muitas são as vozes que têm vindo a público denunciar o abate indiscriminado de árvores centenárias na cidade de Bissau. Constantino Correia, antigo director das Florestas da Guiné-Bissau, sublinha um processo de requalificação da cidade feito sem estudos e cujo efeito imediato é o aumento da temperatura. Posição diferente tem o executivo, que diz tratar-se de um processo normal de substituição de “árvores velhas”, que "já atingiram o seu clímax".15/05/202409:05 -
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Chade: Vitória de Mahamat Idriss Déby é “mais do mesmo?”
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Moçambique: Profissionais de saúde ameaçam encerrar unidades sanitárias
Os profissionais de saúde de Moçambique decidiram prolongar a greve por falta de consenso com o Governo, que acusam de não apresentar “medidas concretas para satisfazer as necessidades da população”. O presidente da Associação de Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique, Anselmo Muchave, garante que se o Governo “continuar com o braço de ferro”, vão encerrar as unidades sanitárias.07/05/202407:28