Amnistia Internacional denuncia possíveis crimes de guerra russos
A Amnistia Internacional publicou hoje um relatório denunciando possíveis crimes de guerra russos cometidos na Síria. A organização pede uma investigação isenta a seis ataques aéreos russos que teriam custado a vida a 200 civis entre Setembro e Novembro.
Publicado a:
A Rússia começou a 30 de Setembro uma campanha de bombardeamentos aéreos na Síria alegando querer ajudar o principal aliado do Kremlin no Médio Oriente, o presidente Bashar el Assad, a derrotar o autoproclamado Estado Islâmico e outras organizações extremistas.
A Rússia que teria utilizado armas proibidas pelas convenções internacionais como bombas de fragmentação e armas com destino aleatório contra zonas fortemente povoadas, provocando por isso avultadas baixas civis, alega o documento.
As autoridades de Moscovo têm reiterado não ter conhecimento de perdas civis na Síria na sequência da acções militares russas.
Os atentados de Paris a 13 de Novembro levaram a uma intensificação dos ataques militares franceses, mas também de outros países contra alvos na Síria, alegadamente na luta contra o Estado Islâmico que os reivindicou.
Um contexto que levou mesmo à aproximação entre Paris e Moscovo em relação aos serviços de informação sobre o contexto sírio.
Até então a França exigira sempre a partida do poder do presidente sírio por alegadamente ter perpetrado massacres contra o seu próprio povo, cenário sempre descartado pela Rússia.
Susana Gaspar, presidente da Amnistia Internacional em Portugal, denuncia casos de muita gravidade nos relatos que recolheu no terreno e pede, por isso, uma investigação isenta a estas ocorrências.
Susana Gaspar, presidente da Amnistia Internacional em Portugal
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro