Londres acredita em acto terrorista contra avião russo
Governo britânico denuncia acto terrorista contra avião russo que caiu recentemente à saída de Sharm-el Sheik, suspende voos para a estância turística no Egipto, no momento em que o presidente egípcio visita Londres.
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A visita oficial do presidente Adel Fattah al-Sissie, que começou esta quinta-feira, 5 de novembro, coincide com declarações do governo britânico, segundo as quais, houve um acto terrorista contra o avião russo, que caiu na semana passada, depois de ter levantado voo da estância turística de Sharm-el-Sheik, no Egitpo.
Londres, suspendeu, aliás, os seus voos para o aeroporto da estação balnear egípcia e aconselhou os seus cidadãos a não viajarem para o Egipto.
Como Londres, também, Washington, que é cada vez mais provável que uma bomba esteja na origem da queda do Airbus russo no Sinai, Egipto, provocando a morte de todos os passageiros e a tripulação, no total 224 pessoas.
Uma comissão de especialistas europeus, designadamente britânicos e franceses, partiu logo depois da queda do avião para o Egipto para dar apoio nos inquéritos de avaliação de medidas de segurança.
Descobertas as caixas negras do avião russo, ficou-se a saber que houve uma explosão dentro do avião, cuja causa continua a ser um mistério.
Recorda-se que os terroristas do chamado estado islâmico, reivindicaram a autoria da queda do avião, como sendo um atentado para punir a intervenção dos cruzados russos na Síria.
Um ramo egípcio do estado islâmico reivindicou a autoria do atentado sublinhando que o avião foi atingido por um dos seus mísseis.
Mas tanto o Egipto, como a Rússia e os Estados unidos, declararam então ser pouco provável que o avião tivesse sido atingido do exterior por um ataque com míssil.
É nesta indefinição que surgem agora os americanos e os britânicos a defender a tese de que houve uma explosão no avião ou um acto terrorista, como declarou o governo britânico.
Oiçamos a análise de Eunice Goes, Professora de Política de Relações Internacionais, da Universidade americana Richmond em Londres, afirmando que em Londres, "não é tabú falar-se de terrorismo", tanto mais que o Reino Unido, sofreu ataques terroristas no passado.
Eunice Goes, Prof. de Política e Rel. Internacionais na Universidade Richmond em Londres
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