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Coreia do Norte

A Coreia do Norte reactiva reactor nuclear

A Coreia do Norte anunciou hoje a reactivação do reactor nuclear, em Yonbyon, para desenvolver o programa de armas atómicas do país. Segundo o regime de Pyongyang esta acção insere-se na política de  “progresso económico do país”. 

Central nuclear Yongbyon antes da demolição da torre arrefecimento,  27 de Junho 2008.
Central nuclear Yongbyon antes da demolição da torre arrefecimento, 27 de Junho 2008. REUTERS/Kyodo
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O anúncio acontece algumas semanas depois do septuagésimo aniversário do partido e numa altura em que a comunidade internacional se mostra inquieta com o tom bélico da Coreia do Norte que se prepara para lançar um novo satélite espacial.

Numa entrevista à agência oficial norte-coreana KCNA, o director do Instituto de energia atómica indicou que o país “está a avançar na fase final de desenvolvimento de um novo satélite de observação da Terra para o prognóstico do tempo e outros propósitos”.

A central nuclear conta com o rector que é considerado como a principal fonte de plutónio para fins militares do regime. Um reactor de com megawatts e que segundos os peritos é capaz de produzir cerca de seis quilogramas de plutónio por anos, ou seja quantidade suficiente para uma bomba nuclear.

A Coreia do Sul já reagiu a este anúncio dizendo que qualquer lançamento de satélite pelo norte será considerado um teste de míssil balístico e uma provocação “grave” que viola as resoluções da ONU. “Qualquer lançamento de um míssil balístico pela Coreia do Norte é um grave acto de provocação”, afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa, Kim Min-Seok.Há três semanas que as duas Coreias se sentaram à mesma mesa para tentar desbloquear as tensões que correm o risco de degenerar. Pyongyang e Seoul tinham mesmo chegado a acordo para reunir no final do mês de Outubro centenas de familiares separados pela guerra. Uma iniciativa, rara, que poderá não vir acontecer se o lançamento do satélite vier a acontecer.

Para Carlos Gaspar, do Instituto Português de Relações Internacionais, este anúncio pode ser: " uma tentativa da Coreia do Norte obter da comunidade internacional o seu reconhecimento como potência militar num contexto em que ainda recentemente se concluiu um acordo sobre o nuclear iraniano".

01:04

Carlos Gaspar, Instituto de Relações Internacionais-IPRI

Entrevista realizada por Liliana Henriques

 

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